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Não é segredo para ninguém que o senador Renan Calheiros (MDB) e o deputado federal Arthur Lira (PP) estão em confronto pesado por conta da eleição deste ano.
Pela intensidade das ações para desestabilizar a candidatura do senador Rodrigo Cunha (União Brasil) a governador, apoiado por Lira, dá para sentir que Renan está disposto a fazer com que Paulo Dantas (MDB), a quem apoia ao governo, seja eleito logo no primeiro turno.
Principal articulador da candidatura de Dantas e do seu filho Renanzinho ao Senado, Renan teve participação decisiva em situações recentes que favoreceram seu candidato em detrimento de Rodrigo Cunha.
A saber: convenceu Ronaldo Lessa (PDT) a desistir de enfrentar Renan Filho ao Senado e até fez do vice prefeito de Maceió o vice de Paulo Dantas; fez com que o pai do prefeito JHC, João Caldas, que tinha pretensões de ser suplente de Davi Davino Filho (PP), indicasse o major Diego Ramos, do Corpo de Bombeiros, a ser candidato ao Senado, concorrendo com Davi.
Essas manobras de Renan Calheiros tiraram de Rodrigo Cunha, que já tinha perdido o PL para Fernando Collor (PTB), também concorrente ao governo, as legendas do PSB e do PDT, significando perda de tempo de guia eleitoral no rádio e na TV e, acima de tudo, lastro político para a campanha do União Brasil.
O pano de fundo para a contenda local entre Renan Calheiros, que apoia Lula para presidente, e Arthur Lira, apoiador de Jair Bolsonaro, tem tudo a ver com o pós eleição presidencial: se der Lula, Renan é favorito para voltar a presidir o Senado; se der Bolsonaro, Lira ganha força para se reeleger presidente da Câmara dos Deputados.
Esse confronto final, e mais importante, está reservado para o início de 2023.
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