Lula continua com dificuldades de definir seu futuro ministério, mesmo com a possibilidade de a equipe para o seu terceiro mandado como presidente da República ser constituída de 39 pastas.
O cenário de arrumação muda todos os dias, e normalmente várias vezes no mesmo dia, pela necessidade de o presidente eleito agradar a várias correntes políticas, incluindo até mesmo, a contragosto, personagens sem nenhuma identificação com o modelo petista de gestão.
A novidade mais recente envolve o senador eleito Renan Calheiros Filho (MDB), a quem o próprio Lula mandou sondar para desistir do Ministério de Minas e Energia para ser nomeado ministro do Planejamento, segundo revela em “O Globo” a jornalista Malu Gaspar.
O argumento para convencer Renan Filho a aceitar o Planejamento, segundo a jornalista, é que ele teria feito uma boa gestão quando foi governador de Alagoas, é economista de formação e teria “boa relação com o mercado,”.
Renanzinho em princípio não se interessou, alegando que teria de ouvir a bancada do MDB – que não teria interesse em vê-lo no Planejamento.
A questão é que o estratégico Ministério das Minas e Energia também é pretendido pelo presidente da Câmara dos Deputados, o também alagoano Arthur Lira (PP), para a indicação do deputado Elmar Nascimento, filiado ao União Brasil.
Na sua argumentação, Malu Gaspar mata a charada dessa disputa Lira-Calheiros:
“Os dois disputam a hegemonia política em Alagoas e espaço no Congresso, e Renan não quer dar a Lira a oportunidade de ter influência na pasta de Minas e Energia”.
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