Maceió

Rui Palmeira fala do combate à Covid-19 e espera recuperação do turismo na alta temporada

TNH1 com TV Pajuçara | 13/10/20 - 16h02
Prefeito Rui Palmeira e o apresentador Wilson Júnior no programa Fique Alerta, da TV Pajuçara | Eberth Lins / TNH1

O prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), analisou nesta terça-feira (13) o trabalho da Prefeitura de Maceió no combate à pandemia do novo coronavírus e projetou melhora no setor de turismo para a alta temporada. 

Em entrevista ao vivo no programa Fique Alerta, da TV Pajuçara, Rui Palmeira também falou sobre temas como limpeza urbana, saneamento básico e o programa 'De Frente para a Lagoa', que beneficia a região da orla lagunar. Assista abaixo a entrevista completa e veja na sequência os trechos abordados pelo prefeito.  

Combate ao coronavírus

"Rapidamente, no primeiro momento, a Prefeitura contratou leitos na Santa Casa de Misericórdia. O Governo do Estado graças a Deus tinha os hospitais quase prontos, inaugurou o Metropolitano, o Hospital da Região Norte e isso desafogou a questão de leitos de UTI. E obviamente a gente aqui em Maceió abriu quatro Unidades de Síndrome Gripal, duas na parte baixa e duas na parte alta. Aliás, hoje, o movimento caiu de forma drástica, mas no começo, a gente tinha centenas de atendimento diariamente. Conseguimos atender essas pessoas, iniciar o tratamento o mais rápido possível e evitar que algumas mortes acontecessem. Esse trabalho, essa parceria foi muito importante entre prefeitura e Governo do Estado". 

"A gente não podia ficar esperando para ver acontecer em Maceió o que vimos em outras capitais, que foi gente morrendo em fila por falta de leito. A gente agiu rápido. Conseguimos ter um número bastante razoável de leitos, e mesmo durante o auge da pandemia, a gente não chegou a 90% de ocupação. Conseguimos de forma planejada evitar mortes na nossa capital". 

Limpeza Urbana

"A gente realmente segue as decisões judiciais. Obviamente quando a gente não concorda, a gente vai recorrer. Estamos recorrendo dessa decisão. Uma empresa que ofereceu um valor bem mais baixo ganhou a licitação. Assumiu a limpeza da parte alta de Maceió, que é do Farol até a divisa com Satuba e Rio Largo. Essa empresa estava fazendo um bom trabalho. Fomos surpreendidos por uma nova decisão judicial, que mandou a segunda colocada assumir. Graças a Deus as empresas fizeram uma transição de forma harmoniosa". 

"Eram 600 funcionários. Mas a coisa foi feita de forma harmoniosa, a outra empresa está operando. Cabe a prefeitura recorrer. A gente já foi ao presidente do TJ (Tribunal de Justiça), fomos ao Superior Tribunal de Justiça. Enquanto eu for prefeito, nós vamos recorrer para buscar o valor menos custoso para a Prefeitura de Maceió". 

"A limpeza é fundamental e a gente sempre pede a colaboração da população. Tem alguns pontos crônicos de lixo que a prefeitura limpa de manhã e no outro dia está a mesma coisa ou até pior. É preciso realmente que haja uma colaboração da população para a gente ter uma cidade cada vez mais limpa". 

Turismo

"A gente ficou com a maioria dos hoteis, bares e restaurantes fechados por um longo período. Então a gente precisa que esse turista volte a Maceió. Graças a Deus estão voltando. Tudo sendo feito de forma absolutamente responsável. Temos um setor hoteleiro dos mais capacitados e competentes do Nordeste brasileiro e todos eles seguindo um rigoroso protocolo sanitário. Mas, claro, a gente espera que na alta temporada, que se inicia em dezembro, a gente possa ter a cidade lotada". 

"Você (Wilson Júnior, apresentador) falou do voo que vem agora da Europa, de Lisboa para Maceió, muito importante para captar esse turista europeu. Que venha gastar seu euro aqui, gerar renda para o maceioense. Já que a gente tem milhares de pessoas, do taxista ao tapioqueiro, artesão, a camareira, o garçom, milhares de profissionais que vivem do turismo aqui na nossa capital". 

Saneamento básico

"Fomos buscar esse projeto Nova Maceió, começamos a pensá-lo em 2015. Apresentamos o projeto, conseguimos captar junto ao banco de Desenvolvimento da América Latina, banco internacional, conseguimos 70 milhões de dólares para fazer obras de esgotamento sanitário, acessibilidade nas calçadas, pavimentação, iluminação em LED, são obras completas nas comunidades mais carentes de Maceió". 

"Temos um pacote de obras no litoral norte, que vai de Guaxuma até Suaçuí, divisa com Paripueira. Estamos construindo uma estação de tratamento de esgoto, que aquela região infelizmente não tem. Mas o nosso foco principal foi a parte alta. Temos quatro grandes pacotes de obra, um no Clima Bom, que pega Clima Bom, Osman Loureiro e Colina 2. Outro na região do Tabuleiro Novo, ali naquela área do novo IML, que é caótica, em época de chuva ninguém anda ali. Estamos fazendo obras com muita força nessa região. Estamos na Santa Lúcia e no Aeroclube levando toda essa infraestrutura". 

"E na última semana iniciamos o último pacote, importantíssimo, na Cidade Universitária, iniciamos por Jardim Saúde, mas vamos também fazer Campo dos Palmares, Gama Lins e Santa Helena. Todos esses conjuntos vão receber esgotamento sanitário, drenagem, pavimentação, melhoria na acessibilidade de calçada e iluminação. São obras completas. Para se ter ideia, são aproximadamente 30 mil famílias que estão sendo beneficiadas por esse pacote de obras, pelo menos 110 ou 120 mil pessoas que estão sendo beneficiadas por esse grande pacote de obras da Nova Maceió". 

"Certamente vamos diminuir bastante as ocorrências das chamadas doenças com relação hídrica, sobretudo em crianças, que hoje infelizmente têm contato com esgoto, terminam adoecendo. Isso vamos diminuir bastante a procura pelas unidades de saúde, fazendo essas obras tão importantes de esgotamento sanitário em Maceió". 

Região da Lagoa

"Minha primeira visita a Brasília enquanto prefeito em 2013 foi para tratar desse assunto. Sei que é um gargalo, uma ferida aberta na nossa cidade, que obviamente eu gostaria de estar entregando a obra pronta, infelizmente por vários motivos não vamos conseguir. Mas graças a Deus o presidente Bolsonaro autorizou o reinício das obras, elas estão acontecendo neste momento". 

"Eu gostaria obviamente de estar entregando os apartamentos, mas todas no Brasil, não foi só em Maceió, todas as obras do Minha Casa, Minha Vida que foram autorizadas em dezembro de 2018, elas foram suspensas pelo atual governo, passaram por uma auditorias. As obras que não tinham qualquer irregularidade, como é o caso do De Frente Para a Lagoa. A gente deixa uma semente plantada. Quero ver no próximo ano essas obras sendo entregues e mudando completamente a realidade daquela região". 

"A gente vai fazer a via margeando a lagoa, onde hoje se encontram as favelas, que são várias comunidades ali, para exatamente impedir novas ocupações. Outros gestores no passado já tiraram algumas famílias dali que terminaram voltando a ocupar a região. A gente primeiro foi trabalhoso que é uma área da União, que o Governo Federal cedeu para a Prefeitura de Maceió, 27 hectares naquela região. Tudo isso demanda tempo e burocracia. Superamos essa etapa e a obra foi retomada. Esperamos ver ano que vem a realidade completamente mudada naquela região".