Uma cobertura duplex de alto padrão, localizada na orla do bairro Jatiúca, em Maceió, foi transformada em prisão domiciliar do ex-presidente Fernando Collor de Mello. O imóvel, avaliado em R$ 9 milhões, está penhorado pela Justiça do Trabalho de Alagoas desde novembro de 2024, como garantia de pagamento de uma dívida trabalhista de R$ 264 mil a um ex-funcionário da TV Mar, empresa do grupo de comunicação ligado ao ex-presidente.
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Situado no 6º andar do Edifício Residencial Chateau Larousse, o apartamento tem 600 metros quadrados de área e conta com quatro suítes, piscina privativa, dois terraços, bar, salas de estar e jantar, gabinete, adega, cozinha ampla, área de serviço e dependência completa de empregada. O imóvel também possui cinco vagas de garagem e vista privilegiada para o mar.
A cobertura permanecerá penhorada até 2028, prazo para quitação do acordo trabalhista. Caso haja descumprimento, o bem poderá ser levado a leilão. Segundo a Justiça do Trabalho, o imóvel foi avaliado por peritos há cerca de seis meses.
O apartamento, embora de alto valor, não constava na declaração de bens de Collor nas eleições de 2022, mas foi incluído na de 2018, com valor declarado de R$ 1,8 milhão e aquisição datada de 2006. A Justiça já havia penhorado uma mansão do ex-presidente em Campos do Jordão, em São Paulo, por outro débito trabalhista.
Collor deixou a prisão na última quinta-feira (1º), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que converteu a pena em regime domiciliar em razão de problemas de saúde. Ele usará tornozeleira eletrônica, está proibido de deixar o país e só poderá receber visitas de advogados.
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