Saúde

Saúde inicia nesta terça distribuição de mais 6,4 milhões de doses de vacinas

CNN Brasil | 18/05/21 - 07h28

O Ministério da Saúde anunciou que, a partir da madrugada desta terça-feira (18), começará a distribuir aos estados novas remessas de 6,4 milhões de vacinas contra a Covid-19 produzidas pela Pfizer, Fiocruz e Instituto Butantan. 

As doses da CoronaVac, produzida pelo Butantan, serão destinadas à aplicação da segunda dose, seguindo solicitações apresentadas por 12 estados. Ainda segundo a pasta, as demais Unidades Federativas serão atendidas com doses da vacina AstraZeneca (Fiocruz) para vacinação de pessoas com idades entre 60 e 69 anos, de acordo com o cronograma de cada estado. 

Já as vacinas da Pfizer, cujo lote mais recente de 628 mil doses foi entregue no dia 12, devem ser destinadas à aplicação da dose de pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas com comorbidades e pessoas com deficiência permanente. 

Atualmente o Brasil ocupa o 62º no ranking global de aplicação de doses da vacina contra Covid-19 na relação a cada 100 habitantes. Já em números absolutos, o país está em 4ª lugar. Segundo os dados atualizados pela Agência CNN, 27,37 doses foram aplicadas a cada 100 habitantes.

Falta de insumos 

A falta de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), fundamental para a produção dos imunizantes contra a Covid-19, já afeta as produções do Instituto Butantan e da Fiocruz. Em São Paulo, a fabricação da vacina CoronaVac está suspensa desde a quarta-feira (12). Já no Rio de Janeiro, onde está o laboratório responsável pela produção das vacinas AstraZeneca/Oxford pela Fiocruz, a produção está parada desde a sexta-feira (14). 

Há, porém, expectativa da chegada de novos lotes de IFA, produzido na China. No Twitter, o Butantan afirma que uma nova remessa é esperada no dia 25 deste mês, o que deve possibilitar cerca de 6,7 milhões de doses da vacina. Já a Fiocruz aguarda o insumo nos dias 22 e 29 desta mês, o que vai permitir a produção de "cerca de 12 milhões de doses".

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que frequentemente criticam a gestão federal durante a pandemia, atribuíram a demora no envio de lotes às falas do presidente Jair Bolsonaro a respeito China.  Em discurso na semana passada, sem citar nomes, o presidente levantou suspeita de que o vírus causador da Covid-19 teria sido produzido em laboratório. 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o atraso na entrega do ingrediente é uma "questão contratual", sem oferecer mais detalhes a respeito do impasse. Ele ainda reforçou que espera que a a entrega do suprimento "ocorra normalmente e a produção se regularize". “É uma questão política e diplomática. Não há nenhum problema contratual, nem operacional”, rebateu Doria.