Brasil

Servidor em carro oficial é flagrado abordando prostitutas

Carro oficial do Governo do Distrito Federal foi flagrado abordando garotas de programa em uma área de prostituição, no Setor de Indústria de Taguatinga

31/07/18 - 15h54


Em pleno final de semana, um carro oficial do Governo do Distrito Federal foi flagrado abordando garotas de programa em uma área de prostituição, no Setor de Indústria de Taguatinga. As imagens foram feitas por uma motorista, no último domingo (29/7), às 15h30. O condutor do Fiat Mobi branco circulava com tranquilidade, escolhendo as prostitutas que iria abordar, sem se incomodar sequer com a logomarca estampada no veículo.

Segundo a autora das fotos, ouvida pelo Metrópoles, o homem que estava no automóvel – lotada na frota do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) – parou o carro ao lado de uma mulher loira, que fazia ponto no local.

“Logo em seguida, ela entrou no veículo e o motorista arrancou. Ele ainda percebeu que eu estava fotografando. É um absurdo que um carro oficial abastecido com dinheiro público esteja sendo usado desta forma”, disse a mulher, que preferiu não se identificar.

A reportagem apurou que o veículo é usado por funcionários do Núcleo de Limpeza de Taguatinga (Nutag), vinculado ao SLU. Procurada para falar sobre a denúncia, a assessoria de imprensa da autarquia informou que o caso chegou ao conhecimento da direção.

Foi determinada a abertura de um processo apuratório onde todas as circunstâncias serão analisadas. De acordo com o órgão, a escala de serviço do funcionário será checada, assim como o itinerário que o veículo deveria fazer.

O Setor de Indústrias de Taguatinga onde o condutor foi flagrado é conhecido ponto de prostituição, principalmente de travestis. Esfaqueada dezenas de vezes na tarde de 26 de janeiro do ano passado, Ágatha Lios, 23 anos, perdeu a vida tentando escapar da brutalidade de seus algozes. O crime ocorreu dentro de uma central de distribuição dos Correios, próximo ao local onde ela costumava fazer ponto.

Registrada como Wilson Julio Suzuki Júnior, Ágatha foi executada a golpes de facão. Filmado pelas câmeras de segurança, o assassinato, segundo testemunhas, foi motivado por inveja, vingança e disputa por ponto de prostituição.