Alagoas

Servidores do IML e Instituto de Criminalística cruzam os braços em Alagoas

Dayane Laet | 10/12/19 - 08h01
Servidores realizam paralisação | Reprodução / Sinpoal

Cerca de 130 servidores vinculados à Perícia Oficial em Alagoas realizam uma paralisação de 48 horas desde essa segunda-feira (9). A categoria cobra a modernização da carreira e a criação do Núcleo de Perícia de Arapiraca, no Agreste do Estado. 

Com a suspensão parcial dos serviços, os corpos que chegarem ao Instituto Médico Legal (IML) passarão por necropsia, mas não serão liberados para sepultamentos. A paralisação envolve peritos criminais, médicos legistas, odontolegistas, técnicos forenses e papiloscopistas.

O Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas (Sinpoal), explicou que os sercidores reivindicam que o Governo do Estado encaminhe o processo que aumenta o número de vagas para realização de concurso. A categoria garante que só vai retornar as atividades quando o pleito for atendido.

Com a paralisação, os serviços da perícia foram reduzidos:

Instituto Médico Legal:

  • Liberação de cadáveres de acordo com a capacidade reduzida de servidores (50%);
  • Manutenção de exames de corpo de delito em vítimas de agressão (homens e mulheres); em crianças; vítimas de violência sexual (ambos os sexos) e idosos; exames necropapiloscópicos; pesquisa de pessoas desaparecidas; coleta de material biológico de famílias; 
  • Suspensão de exames cautelares em presos; exames complementares; exames domiciliares e exumações.

Instituto de Criminalística

  • Atendimento aos locais de crime apenas com a presença da Polícia Civil, saindo apenas uma equipe da base de cada vez
  • Não serão recebidos/protocolados materiais para exames (armas, munição, drogas, equipamentos de informática, documentos etc.)

Em nota, o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), informou que tem procurado resolver todos os pleitos dos peritos alagoanos, respeitando as possibilidades financeiras do Estado. “A Secretaria lamenta a decisão da paralisação e reforça que a Mesa de Negociação continua sendo o canal de diálogo com os servidores públicos estaduais, onde há abertura para receber e conversar com todas as partes que trabalham pelo bom andamento da máquina pública”.