A carreira de sommelier de vinho ganhou mais destaque com a chegada da pandemia de coronavírus. Mas, outra está virando a profissão do momento nas regiões em que a cannabis é legalizada: ‘sommelier’ de cannabis.
O profissional, chamado de ganjier, é treinado e ganha certificado para ajudar o consumidor a escolher a cannabis mais adequada para ele.
O assunto é polêmico, mas vai ao encontro da legalização da maconha em muitas regiões dos Estados Unidos. Para você ter uma noção, hoje cerca de 34 estados permitem o uso medicinal e cerca de 18 para uso recreativo.
Além disso, a expectativa de movimentação global deste mercado é de US$ 128,92 bilhões em 2028, segundo a Vantage Market Research — e nas mais diversas indústrias: alimentos, agricultura, cosmético, têxtil, entre outras.
Como consequência, começam a surgir os novos profissionais, os sommeliers de cannabis. Porém, antes de destrinchar sobre a nova profissão, uma explicação de termos técnicos: a cannabis é a planta que origina o cânhamo e a maconha.
E, apesar dos dois terem origem na mesma espécie, o cânhamo é a planta que possui 0,3% ou menos de THC (tetrahidrocanabinol, a substância psicoativa); e a maconha possui 0,3% ou mais.
PROFISSÃO: ‘SOMMELIER’ DE MACONHA
Antes do ganjier, o profissional “budtender” era o especialista no assunto. Mas agora, o ganjier ocupa o seu lugar. O motivo? O profissional também é “legalizado”, com treinamento e certificação para atender os consumidores.
O pioneiro no assunto é o programa Ganjier Council, que oferece certificações ligadas à cannabis por meio de um programa que custa quase US$ 3 mil dólares.
São 31 aulas online disponíveis — sobre a história da cannabis à avaliação — e, além disso, oferece aulas presenciais realizadas na Califórnia. Os alunos aprendem a avaliar a aparência, o aroma, o sabor e o efeito de uma amostra específica da flor de cannabis.
“Enquanto a indústria do vinho tem sommeliers, a indústria de charutos tem provadores, a indústria do café tem degustadores, até o lançamento do programa Ganjier, nenhum especialista em cannabis existia”, disse Derek Gilman, diretor administrativo do programa.