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‘Sommelier’ de maconha: a profissão que mais cresce nos Estados Unidos

Starte se | 06/06/22 - 11h02
Maconha | Foto: Reprodução

A carreira de sommelier de vinho ganhou mais destaque com a chegada da pandemia de coronavírus. Mas, outra está virando a profissão do momento nas regiões em que a cannabis é legalizada: ‘sommelier’ de cannabis.

O profissional, chamado de ganjier, é treinado e ganha certificado para ajudar o consumidor a escolher a cannabis mais adequada para ele.

O assunto é polêmico, mas vai ao encontro da legalização da maconha em muitas regiões dos Estados Unidos. Para você ter uma noção, hoje cerca de 34 estados permitem o uso medicinal e cerca de 18 para uso recreativo.

Além disso, a expectativa de movimentação global deste mercado é de US$ 128,92 bilhões em 2028, segundo a Vantage Market Research — e nas mais diversas indústrias: alimentos, agricultura, cosmético, têxtil, entre outras.

Como consequência, começam a surgir os novos profissionais, os sommeliers de cannabis. Porém, antes de destrinchar sobre a nova profissão, uma explicação de termos técnicos: a cannabis é a planta que origina o cânhamo e a maconha. 

E, apesar dos dois terem origem na mesma espécie, o cânhamo é a planta que possui 0,3% ou menos de THC (tetrahidrocanabinol, a substância psicoativa); e a maconha possui 0,3% ou mais.

PROFISSÃO: ‘SOMMELIER’ DE MACONHA

Antes do ganjier, o profissional “budtender” era o especialista no assunto. Mas agora, o ganjier ocupa o seu lugar. O motivo? O profissional também é “legalizado”, com treinamento e certificação para atender os consumidores.

O pioneiro no assunto é o programa Ganjier Council, que oferece certificações ligadas à cannabis por meio de um programa que custa quase US$ 3 mil dólares. 

São 31 aulas online disponíveis — sobre a história da cannabis à avaliação — e, além disso, oferece aulas presenciais realizadas na Califórnia. Os alunos aprendem a avaliar a aparência, o aroma, o sabor e o efeito de uma amostra específica da flor de cannabis.

“Enquanto a indústria do vinho tem sommeliers, a indústria de charutos tem provadores, a indústria do café tem degustadores, até o lançamento do programa Ganjier, nenhum especialista em cannabis existia”, disse Derek Gilman, diretor administrativo do programa.