Alagoas

’Tem Saída’: OAB-AL lança programa que visa dar autonomia financeira para mulheres vítimas de violência

Ascom OAB_AL | 04/12/19 - 20h33

Visando garantir a capacitação e emprego para mulheres vítimas de violência doméstica em Alagoas, a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB-AL), por meio da Comissão Especial da Mulher e em parceria com a Caixa de Assistência dos Advogados (CAA-AL), irá lançar o programa “Tem Saída”. A cerimônia de abertura oficial do programa será na próxima quinta-feira (12), às 14h, na sede da OAB-AL, em Jacarecica.

O Tem Saída é uma política pública que tem como objetivo proporcionar independência financeira e possibilitar que as vítimas deixem de morar com o agressor, se assim desejarem. Ele foi desenvolvido pela promotora do Ministério Público de São Paulo, Gabriela Mansur.

Para o presidente da OAB-AL, Nivaldo Barbosa Jr., a iniciativa é de muita importância e resultado da dedicação das comissões das mulheres da OAB, que visam impactar diretamente na vida de mulheres que são vítimas de algum tipo de violência.

“É um programa que tem tudo para ser referência nas demais seccionais. Em São Paulo, o belíssimo trabalho da doutora Gabriela Mansur já alcançou grandes resultados. Estamos dialogando com os órgãos e com empresas para que sejam parceiros deste programa no estado. A mulher precisa ter sua independência financeira e se afastar daquele agressor. O Judiciário vai ter papel fundamental. Um dos requisitos para que as mulheres sejam inseridas é que elas já tenham acionado o sistema judicial, ou seja, já tenham efetuado a denúncia e estejam com casos acompanhados”, destacou.

Além da OAB/AL e do TJAL, o “Tem Saída” conta com a participação da Defensoria Pública, Ministério Público, Secretaria da Mulher, Conselho Estadual de Defesa dos Direitos das Mulheres e órgãos da Segurança Pública.

“O objetivo é ajudar para que mulheres em situação de violência e vulnerabilidade sejam inseridas no mercado, rompendo o ciclo de violência. Há pesquisas que mostram que cerca de 30% das mulheres que permanecem no relacionamento abusivo o fazem em virtude da dependência econômica”, afirmou a presidente da Comissão Especial da Mulher, Anne Caroline Fidélis.