Os seis policiais militares que participaram da ação que vitimou com um tiro de Fuzil Marcelo Barbosa Leite estiveram nesta segunda-feira, 16, em frente ao 3° Batalhão da Polícia Militar, em Arapiraca, e participaram da reprodução simulada do caso feita pela Polícia Científica de Alagoas. O local é o mesmo onde o empresário foi baleado no dia 14 de novembro de 2022, durante uma abordagem policial. Para a defesa, os PMs reforçaram a mesma versão dada em depoimento.
Entre os PMs que participaram da reprodução estavam os dois comandantes das duas guarnições que abordaram o empresário. Eles confessaram, em depoimento prestado à comissão que investiga o caso, no último dia 9 de dezembro, que foram os autores dos disparos que atingiram o veículo de Marcelo Leite.
De acordo com o advogado Napoleão Júnior, que está à frente da defesa dos PMs, toda a dinâmica reproduzida no local da abordagem bateu com o que diz a versão dos seis militares do 3° Batalhão.
O advogado Napoleão Júnior (à direita) conversa com o delegado Sidney Tenório (Crédito: Theo Chaves/TNH1)
"Vimos que nessa reprodução o que foi checado bateu com o que foi dito pelos PMs, que realmente eles visualizaram Marcelo com uma arma de fogo. E o interessante foi que um dos policiais perguntou ao perito se era possível os militares enxergarem uma arma de fogo e um dos peritos diz que sim", disse o advogado.
Ainda segundo Napoleão, foram ouvidas as versões do seis policiais. "Eram seis policiais na abordagem e hoje foram ouvidas as versões de todos eles, e todos corroboraram com o que foi dito durante depoimento. Eu não vi nenhuma dificuldade para se compreender isso. Todos estiveram presentes aqui", completou o advogado.
Defesa da família contesta - O advogado da família do arapiraquense Marcelo Barbosa Leite relatou ao TNH1 que houve contradições entre as versões apresentadas pelos PMs das duas guarnições envolvidas na abordagem que vitimou o empresário.
De acordo com o advogado Leonardo de Morais, policiais de uma das guarnições afirmaram durante a reprodução que não viram o empresário com arma em mãos, ao contrário do que teria relatado os militares da outra equipe.
