Atualizada às 17h35
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Na tarde desta quinta-feira, 7, o delegado da Polícia Civil de Alagoas, Vinicius Ferrari, em coletiva à imprensa, fez um alerta aos internautas sobre um golpe que vem sendo aplicado através do internet banking (sistema online dos bancos).
Ao clicar para gerar um boleto de pagamento de dívidas, o sistema gerava um boleto falso com código de barra ligado às contas dos suspeitos. O esquema funcionou por aproximadamente um ano e meio. A investigação durou cerca de 3 meses. Os golpes eram aplicados em empresas localizadas em outros estados.
“O pagamento do boleto falso era feito e creditado na conta de J.C. As empresas que procuraram a mim não foram empresas alagoanas. Essas empresas utilizavam sistema de pagamento pela internet”, declarou o delegado.
Ao fazer as buscas nas casas dos suspeitos, no bairro do Feitosa e Jardim Petrópolis, os policiais encontraram cartões de crédito virgens que são usados para clonagem, cheques, munição e documentos de carros.
De acordo com o delegado Vinícius Ferrari, a polícia chegou a um dos integrantes da quadrilha, identificado apenas como J.C., que passou a colaborar com as investigações da polícia.
O colaborador explicou a sua participação no esquema fraudulento durante a coletiva de imprensa e disse que entrou na quadrilha quando os três suspeitos, presos hoje pela polícia, foram até o estabelecimento dele e fizeram a proposta, sem muitos detalhes, pedindo ao mesmo apenas o número de sua conta bancária e o CNPJ da empresa.
Segundo a polícia, o gerente do banco teria desconfiado da intensa movimentação de dinheiro e bloqueado a conta do delator. Foi dessa forma que a investigação chegou até J.C..
Os mandados de prisão de Diego Gomes Pereita, de 34 anos, Felipe Messias Costa, de 23 anos, e Danylo César Almeida dos Santos, 24 anos, foram expedidos pela 17ª Vara. Já J.C., por ter colaborado com as investigações, não foi preso e essa decisão ficará à cargo da Justiça.
"O J.C. vai ser indiciado pelos mesmos crimes, porém, em virtude da colaboração, a única prisão que não foi pedida foi a dele. Vamos deixar que a Justiça decida a prisão dele", explicou Vinícius Ferrari.
O delegado não sabe precisar quanto de dinheiro foi desviado pela quadrilha, pois a quebra do sigilo bancário deles ainda não foi liberada pela Justiça.
Segundo Vinícius Ferrari, Felipe Messias era o líder do grupo, mas a polícia acredita que existam mais integrantes Eles são acusados de estelionato, invasão de dispositivo eletrônico, além de outros crimes de falsidade.
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