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Trio envolvido no 'barraco do Leblon' tem passagem pela polícia por lesão corporal

Correio Online | 29/09/20 - 15h09
Reprodução

Não só a Sheila Gmack, uma das mulheres que usava biquíni fio dental no conversível, tem passagem pela polícia. Outros dois protagonistas do barraco do Leblon já foram parar na delegacia por casos de agressão anteriormente: Will Vacari, o motorista, e a arquiteta Aline Araújo, que recebeu um tapa de Sheila.

Segundo o Extra, Aline, que tem 37 anos, foi acusada pela ex-sogra de segurar seus braços e empurrá-la para que não falasse com a sua neta, que tinha 5 anos, em 15 de julho de 2014. 

A idosa relatou que as agressões começaram, por volta de 10h, quando a arquiteta, “alterada e aos berros”, gritava o nome da criança. Não satisfeita, ela teria ido até sua porta, sem autorização, e com o dedo apontado para seu rosto, e dito: “Me dá a minha filha. Eu disse que essa família não presta”, xingando a ex-sogra em seguida.

Já o engenheiro de produção Wilton Vacari Filho, conhecido como Will e dono do conversível, está envolvido em dois casos de agressão. O primeiro, em 27 de novembro de 2013, durante uma briga no Maracanã. O caso ainda está sendo processado no Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos.

O outro relata que em 9 de setembro, por volta de 19h, um funcionário de uma empresa de eventos foi agredido pelo engenheiro durante uma confraternização numa embarcação na Marina da Glória. Segundo o registro, Wilton disse que o motivo das agressões foi o fato de o funcionário ter apalpado sua nádegas.

Já no caso de Sheila, o boletim de ocorrência foi feito em dezembro de 2019 e a mulher teria dado socos e pontapés num quiosque no Rio de Janeiro.

“Ela me espancou sem eu fazer nada. Estava na praia com uns amigos e quando levantei para ir ao banheiro do quiosque, ela me deu um chute pelas costas, caí no chão e ela seguiu me chutando. Fiquei com olho roxo e bem machucada. Ela ficou rindo e debochando. É uma doente mental”, diz a vítima, que pediu para ser identificada apenas como Natália.

Segundo a vítima, Sheila tinha um affair com uma pessoa que estava no grupo de amigos dela. “Eu nem a conhecia. Depois, fui descobrir que ela já tinha tido um caso com um dos meninos que estavam no nosso grupo de amigos. Prestei queixa contra ela e estou esperando o processo andar. Ela tem que parar de agredir os outros assim’, conta.

"Apanhei, revidei"
Agora conhecida como uma das moças que passeou de biquíni em um conversível pelo Leblon, no Rio de Janeiro, Scheila Mack publicou um vídeo dando sua versão dos fatos e dizendo que não se arrepende do tapa que deu na arquiteta Aline Araújo, depois que essa jogou uma garrafa de água nas suas costas. "Apanhei, revidei. Tô certa? Eu acho que eu tô. Eu tenho certeza de que não mereço apanhar à toa", diz ela. "Eu não bati à toa". 

O episódio aconteceu no final de semana e movimentou as redes sociais depois que vídeos com a cena viralizaram. As imagens mostram Scheila descendo do carro e dando um tapa na arquiteta. Depois, ela volta correndo para o conversível e um homem a segue e puxa a parte de cima do biquíni dela. 

A arquiteta afirmou que as três pessoas do carro - além de Scheila, a amiga dela, Priscilla Dornelles, e o amigo Will Vacari - estavam fazendo "preliminares" como se estivessem em um "vídeo pornô". Ela alegou que agiu porque estava com crianças na mesa de um bar e considerou um atentado ao pudor.

Scheila nega essa versão e diz que todos que viram o vídeo poder constatar que houve somente um beijo. "Sexta à noite, saindo do pós-praia, estávamos de biquíni sim, porque moramos na praia. Curtindo nossa vibe, nossa onda, tínhamos bebido. Estávamos de capota aberta, o carro é conversível. Conversando, dando risada, com som alto. Quando passamos em uma rua mais movimentada e escuto uma garota falar assim: 'Vagabunda'. Olhei pro lado e ela com a maior cara de deboche me manda um beijo. Achei desnecessário, dei até risada, falei 'Será que ela quer participar?'.", começa ela.

O carro andou mais um pouco - foi quando as coisas pioraram. "Não satisfeita de não ter conseguido chamar minha atenção ela taca uma garrafa d'água nas minhas costas, bem na hora que eu estava abaixada mostrando o celular para Will. Tanto que eu estava no banco de trás e os dois na frente. Tudo que ela falou sobre orgia, não tem... É só assistir o vídeo, fatos são fatos, não teve isso", ressalta.

Scheila diz que ficou muito nervosa ao receber a garrafada. "Levei a garrafada nas costas, olhei diretamente pra ela, porque já sabia que era ela, porque ela já tinha mexido comigo. Ela no maior deboche me manda outro beijo. Como não tenho sangue de barata, na hora minha reação foi pular do carro. Só que pulei e não sabia o que ia fazer, pulei porque fiquei com muita raiva, não aceito apanhar de graça. Quando pulei, ela fez assim para mim: 'Vem'. Eu fui. Revidei. Apanhei, revidei. Tô certa? Eu acho que eu tô. Eu tenho certeza de que não mereço apanhar a toa", diz ela.

Ela também garantiu que acertou o tapa em Aline - no vídeo que fez após o incidente, a arquiteta diz que conseguiu se desviar. "Bati, bati sim, ela não se esquivou não, tá? Bati com força e foi um tapa bem dado. Quando vi um homem levantou da mesa, a mesa tinha um monte de homem e que me lembre um adolescente, não eram duas crianças. Quando ele levantou, já pra me bater, eu já saí correndo, pulei no carro. Ele veio e conseguiu tirar parte do meu biquíni. E foi isso que aconteceu", relata

Scheila encerra o vídeo provocando, insinuando que Aline ficou com inveja da cena que viu. "A parte do vídeo que vocês veem é a parte que a gente já tá andando, ela já tinha me xingando, já tinha me afrontado... Só quero ficar em paz, quero que ela fique em paz também. Não tenho raiva dela. Minha querida, um beijo pra você. Espero realmente que você tenha paz de espírito e consiga se encontrar nessa vida para não ter inveja dos outros. Se seu objetivo for o que a gente tava curtindo, o que a gente tava passando, um dia você chega lá", diz.

Processo
Scheila não cita intenção de processar Aline - nos vídeos que gravou, e depois apagou, a arquiteta diz que Scheila e Priscilla seriam "moças da vida" e "drogadas". Priscila e Will já afirmaram que tomarão medidas legais.

"Só pra constar, sou engenheiro da Petrobras concursado, não pago mulher. Minhas amigas são mulheres que trabalham, e se sustentam. Não banco ninguém porque não preciso disso", disse Will ao colunista Léo Dias, da Metrópoles. "Os vídeos estão circulando nos meus grupos de trabalho e isso mancha minha imagem perante a minha empresa. Vou processar a arquiteta e o homem covarde que agrediu Scheila dentro do meu carro. Fui lesado. Até minha avó recebeu esses vídeos”, revolta-se.

Ele disse que é normal passear com amigas no seu conversível. “Sempre ando de carro com a capota aberta com as minhas amigas, pra mim é uma coisa natural, quem é meu amigo ou me acompanha no Insta sabe que eu faço isso toda semana. Vim beijando uma, depois outra, depois elas se beijavam. Coisa mais que normal para sociedade de hoje em dia. Faço isso toda semana grande, jamais iria passar no Leblon, onde sou cria, fazendo cenas obscenas ou preliminares. Foi o que a menina achou de desculpa pra tentar aliviar um pouco o erro dela”, diz.

Priscilla disse que foi difamada. “O que ela fez foi difamação. Não sou garota de programa e nem a Scheila. Will não nos contratou, ele é nosso amigo. Estávamos nos divertindo. Passamos a tarde andando de barco e na volta para casa resolvemos passar para ver o movimento naquela rua. Vou entrar com um processo por calúnia e difamação" garantiu. “Tudo o que ela falou é mentira. Não teve gesto obsceno. Eu e Sheila nos conhecemos ontem e rolou apenas uns beijos e só. Eu sou estudante e trabalho com um aplicativo de live”.