O senador eleito Renan Filho (MDB) conseguiu o feito admirável de ainda bastante jovem, aos 43 anos, construir uma carreira brilhante na política.
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Economista, nos últimos 20 anos exerceu duas vezes o mandato de prefeito de Murici, foi deputado federal e governou Alagoas por dois mandatos consecutivos.
Graças ao seu desempenho como gestor estadual, foi eleito até com facilidade ao cargo de senador, o que lhe garante o raro privilégio de exercer o novo mandato legislativo ao lado do próprio pai a partir de janeiro, pelo menos pelos próximos quatro anos – em 2026 Renan pai precisará renovar o mandato.
Pelo destaque que alcançou está sendo cotado para um ministério do futuro presidente Lula, no que, inegavelmente, conta com a articulação do pai – nome forte na política nacional.
Daí soar como perfeitamente desnecessário atuar, como está sendo dito, para colocar a sua mulher, Renata, como conselheira do Tribunal de Contas de Alagoas.
Pelo patamar que alcançou, Renan Calheiros Filho não precisa – e certamente sua esposa também não – desgastar sua bela e elogiada carreira com um episódio marcante de ambição pessoal.
Nunca se ouviu do próprio Renanzinho o interesse em patrocinar a indicação de Renata Calheiros para o cargo vitalício de conselheira do Tribunal de Contas.
Como, a bem da verdade, ninguém ouviu ele dizer que pretendia colocá-la como sua primeira suplente no Senado, como se falou na campanha.
Se for tudo mesmo apenas especulação, seria por demais prudente que o próprio viesse a público dizer que tal pretensão não existe.
O seu silêncio significa omissão, que por sua vez, no caso, rima com ambição.
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