Saúde

Um em cada três estados está em alerta por ocupação de UTIs

Nexo Jornal | 14/01/22 - 11h08
Arquivo/Thiago Duarte/Secom Alagoas

Ao menos um terço dos estados brasileiros estão em estado de alerta devido à ocupação de leitos públicos de UTI para covid-19, afirma a Fiocruz em nota técnica divulgada nessa quinta-feira (13). Em Pernambuco, a situação é crítica, com 88% das vagas em hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde) ocupadas.

Outras oito unidades federativas estão na zona de alerta intermediário: Pará (71%), Tocantins (61%), Piauí (66%), Ceará (68%), Bahia (63%), Espírito Santo (71%), Goiás (67%) e o Distrito Federal (74%). A situação é mais grave nas capitais, com quatro já em estado crítico: Fortaleza (88%), Recife (80%), Belo Horizonte (84%) e Goiânia (94%).

Os números do levantamento, realizado pelo Observatório Covid-19, referem-se a dados coletados na segunda-feira (10). A Fiocruz observa que o avanço da variante ômicron do Sars-CoV-2, que já domina 98% dos casos de covid-19 no país, tem aumentado com rapidez a demanda por serviços de saúde. Em 5 de janeiro, somente três estados estavam na zona de alerta intermediário — o que indica que nesta quinta-feira (13) a situação pode já ter se agravado.

A nota técnica ressalta a necessidade de acionamento de planos de contingência, com a reabertura de leitos, e de reorganizar a rede de saúde para cobrir desfalques de profissionais afastados por terem contraído a doença. Também destaca a importância de medidas preventivas contra a covid-19. Apesar de ser considerada menos grave, a ômicron é mais transmissível que outras variantes, e um alto número de infecções pode levar à sobrecarga de hospitais.

Apesar do alerta, a Fiocruz aponta que o momento atual é “incomparável àquele vivido em 2021”, quando o pico no número de infecções levou ao colapso do sistema de saúde em lugares como Manaus. “Sem minimizar preocupações com o novo momento da pandemia, é fundamental ratificar a ideia de que há um outro cenário com a vacinação e as próprias características das manifestações da covid-19 pela ômicron”, diz o texto.