Televisão

Uma década após morte de Eloá, Câmera Record exibe entrevistas exclusivas sobre caso

“Ele (Lindemberg) me ligava de tarde no meu trabalho e falava que ia fazer uma besteira e eu falava pra ele que não fizesse, que Deus amava a vida dele, que a gente gostava muito dele”, desabafa Ana Cristina, mãe de Eloá

Record TV | 19/01/19 - 09h19
Eloá aparece na janela e pede calma, pouco antes de ser morta pelo namorado | Arquivo / Record TV

Há dez anos, o Brasil presenciava o maior crime de cárcere privado de sua história. No dia 13 de outubro, Lindemberg Alves Fernandes invadiu o apartamento da ex-namorada Eloá Cristina, de 15 anos, onde a jovem estudava com mais três amigos. Durante aproximadamente 100 horas, o país acompanhou o drama que, infelizmente, acabou de maneira trágica.

Uma década depois, o Câmera Record deste domingo, 20/01, às 23h15, reconstrói o caso com 10 entrevistas exclusivas de familiares, testemunhas, autoridades e jornalistas que contam tudo o que sabem sobre o sequestro de Eloá.

Após anos em silêncio, Ana Cristina, mãe de Eloá, fala sobre como foi acompanhar, pela televisão, a filha sob a mira do revólver de Lindemberg. "Em nenhum momento quiseram me colocar lá. Eu queria ir até lá, mas ninguém me deixava ir", revela, chorando, ao se queixar das autoridades que, à época, a impediram de participar mais da negociação.

Ana também conta que Lindemberg era muito ciumento e, em determinado momento, deu indícios de que cometeria algum ato de loucura: “Ele me ligava de tarde no meu trabalho e falava que ia fazer uma besteira e eu falava pra ele que não fizesse, que Deus amava a vida dele, que a gente gostava muito dele”.

Questionada sobre essas mensagens assustadoras, ela revelou que não pensou na possibilidade de Lindemberg machucar Eloá: “Eu entendi que ele ia fazer alguma coisa pra chamar atenção, não assim que fosse também tão grave, entendeu? Eu sei lá, passava assim que ele fosse fazer alguma coisa com ele ou sei lá, se machucar, tomar um remédio”.

O irmão mais velho da jovem, Ronickson, que nunca falou com a imprensa até então, relembra das intermináveis idas e vindas do casal. Segundo ele, Lindemberg acabava o relacionamento quase toda semana por causa de ciúme. "Lindemberg tinha muito ciúmes dela, então ele acabava com ela e era como se não acabasse, no outro dia, ele achava normal".

E mais: O Câmera Record mostra o depoimento comovente de quem ganhou vida nova com os órgãos doados pela família de Eloá.

O jornalísticoapresentado por Marcos Hummel, vai ao ar domingo, às 23h15