Maceió

Venda ilegal: mensagens sobre oferta de imóveis sorteados em Maceió viralizam nas redes sociais

TNH1 | 16/04/24 - 19h14
Reprodução/Redes Sociais

Circularam nas redes sociais, nesta terça-feira (16), mensagens de supostos moradores que estariam comercializando, de forma ilegal, unidades habitacionais do Residencial Parque da Lagoa, no Vergel do Lago, em Maceió. Os imóveis, que fazem parte do Programa "Minha Casa, Minha Vida", foram sorteados nessa segunda-feira (15) pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Habitacional e a população de baixa renda que vive em comunidade às margens da Lagoa Mundaú foi contemplada.

Em uma das mensagens, compartilhada por uma pessoa que seria "dona" do novo imóvel, é possível ver que o usuário do aplicativo de mensagem WhatsApp relatou ter acabado de ganhar a chave de dois apartamentos no residencial e que os imóveis já estão à venda pelo valor de R$ 50 mil. A oferta é acompanhada por uma foto do prédio.

"Ganhei a chave ontem...estou vendendo a chave. Apartamento já quitado. R$50 mil. Tenho dois apartamentos aí, cada um por R$50 mil", mostra a mensagem de venda.

Já outro suposto morador disse que ele e a filha foram contemplados pelo programa habitacional e que os apartamentos estão à venda pelo valor de R$ 60 mil.

" Eu também ganhei dois apartamentos. O meu e o da minha filha. Estou vendendo os dois. Cada um por R$60 mil".

Em nota (veja abaixo), a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Habitacional informou que não recebeu denúncia sobre venda de unidades habitacionais do Parque da Lagoa. O órgão ainda reiterou que a comercialização de imóveis do Programa "Minha Casa, Minha Vida" é ilegal, sob pena de rescisão contratual. Veja a seguir:

"A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Habitacional informa que não recebeu nenhuma denúncia sobre venda de unidades habitacionais do Parque da Lagoa, no Vergel do Lago, e reitera que a comercialização de imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida é completamente ilícita até que seja observado o prazo previsto em lei, sob pena de rescisão contratual.

O órgão acrescenta que todos os contemplados são moradores da orla lagunar, preenchem requisitos previstos em lei e que a validação dos beneficiários contou com a parceria de lideranças comunitárias da região e da Defensoria Pública da União (DPU), reforçando o compromisso do Município com a legalidade, lisura e transparência dos atos que envolvem as atividades do programa".