Maceió

Vídeos: estudante é espancada por colegas e desmaia em escola pública de Maceió

A mãe da adolescente de 14 anos denuncia ainda que um professor teria assistido à cena sem intervir

Redação TNH1 | 30/11/22 - 10h39
Agressões teriam acontecido na Escola Municipal Professor Antídio Vieira, no Trapiche da Barra, em Maceió | Foto: Cortesia ao TNH1

A mãe de uma adolescente de 14 anos denuncia que a filha foi espancada até desmaiar durante uma aula de Educação Física na Escola Municipal Professor Antídio Vieira, no Trapiche da Barra, em Maceió, nessa terça-feira (29). A estudante precisou ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros e foi levada ao Hospital Geral do Estado (HGE), após as agressões. 

Claudeane Ferreira da Silva Santos é a mãe da adolescente e se disse revoltada com o episódio e com a postura da direção da unidade de ensino. "Até onde sei, estavam jogando queimado na aula de Educação Física, até que começou uma confusão entre duas meninas e minha filha também foi envolvida. Ela foi atacada e derrubada no chão, quando os colegas da outra menina se aproveitaram para chutar e pisotear. Ela apanhou até de meninos, uma agressão muito injusta", afirmou a mãe.

Claudeane questiona ainda a demora para que as agressões fossem interrompidas. Segundo ela, havia um professor monitorando os estudantes e este ignorou a situação. O professor aparece no vídeo assistindo às agressões. "Ele viu a confusão, viu que minha filha estava sendo espancada e, mesmo assim, não fez nada. Se fosse com a filha dele, será que ele agiria da mesma forma?", indagou a mulher, acrescentado que a escola estaria dificultando a disponibilização de imagens. "Eu pedi as imagens das câmeras internas e estão dizendo que não têm, que estava com algum problema. Quero que tomem alguma providência, isso não pode voltar a acontecer com minha filha e também não desejo essa angústia para nenhuma outra família", disse.

No HGE, a estudante passou por exame de tomografia e ficou sob observação, sendo liberada logo em seguida. "Ela já está em casa, mas está assustada e reclama de dores no corpo. É de uma tristeza muito grande saber que minha única filha passou por uma situação dessa e, o pior, dentro da escola", complementou.

O TNH1 entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), responsável pela gestão da unidade de ensino, e foi informado que "a princípio o professor ficou em choque diante da situação, mas em seguida ele estabilizou atuando junto com a direção". 

A Semed disse também que ao ter ciência da situação prestou toda assistência às alunas, acionou o Conselho Tutelar e informou aos pais sobre o ocorrido. "A Secretaria reforça ainda que o professor atuou junto com à direção para estabilizar a situação. Por fim, a Secretaria ressalta que é contra qualquer tipo de agressão e que reforçará ações que já são realizadas de promoção da cultura da paz e prevenção à violência na comunidade escolar", trouxe a nota.