Polícia

'Viúva Negra': defesa quer que polícia investigue funcionário que teria dito a Jaetts sobre plano

Redação TNH1 com TV Pajuçara | 31/01/19 - 21h29
Suely Amaral é suspeita de planejar morte do esposo Jaetts Ferreira | Arquivo Pessoal

A defesa de Suely e Igor Amaral, suspeitos de planejar a morte de Jaetts Ferreira Silva, rebateu as acusações do empresário e pediu para que a polícia investigasse o funcionário da mulher, que teria comentado com Jaetts que ele seria morto a mando da esposa e do enteado. Na última quarta-feira, o empresário conversou com exclusividade com a reportagem da TV Pajuçara e deu detalhes do plano dos dois para matá-lo.

Raimundo Palmeira e Bruno Calado acreditam que partiu do homem a proposta para a morte de ambos e que possivelmente ele poderia estar extorquindo o casal. “Ela disse que ele a procurou para dizer que o marido teria interesse em matá-la, como deve ter procurado ele [Jaetts] dizendo a mesma coisa. Possivelmente tenha puxado dinheiro dos dois”, afirmou Palmeira.

Segundo a defesa, Jaetts tinha conhecimento da contratação do homem, realizada por Suely para cobranças. “Houve uma contratação informal para fazer cobranças de alugueis, serviços de depósitos, e outras cobranças. Então ela o contratou para que ele realizasse essas cobranças esporadicamente. O Jaetts tinha conhecimento, até porque os imóveis eram administrados por ele”, disse o advogado Bruno Calado. 

Assista à entrevista na íntegra:

Sobre o vídeo que está à disposição da polícia, a defesa afirmou que Suely ficou surpresa quando recebeu a confirmação da morte do marido e confirmou que o pagamento realizado pode ter acontecido, mas sem a intenção. “Ela não admite que procurou alguém para matar”.

Os advogados também pontuaram as acusações que pesam sobre mãe e filho, como os supostos crimes de agiotagem e lavagem de dinheiro. “O agiota é aquele que vive de empréstimo de dinheiro. A Suely tem um patrimônio relativo e compatível com sua renda, lícita, que poderia lhe dar um patrimônio maior [...] No pedido, se diz que haveria suspeita de lavagem de dinheiro. Não existe lavagem de capitais se o capital não for advindo de um crime", destacou Palmeira.

A defesa questionou o direcionamento do caso para a 17ª Vara Criminal da Capital sob a alegação de organização criminosa. "Organização criminosa tem que ter pelo menos quatro pessoas estruturalmente organizadas, com divisão de atribuições, comprometidas a ficarem constantemente cometendo crimes. E estamos falando de uma mãe e de um filho”, continuou.

Por fim, os advogados pediram que as investigações fossem aprofundadas e que a sociedade não faça um pré-julgamento das atitudes dos dois. “A Suely é uma dona de casa, sempre se dedicou aos seus filhos. Ela não tem um histórico de crimes, pelo contrário, uma pessoa afeita a fazer caridades. Nós temos elementos suficientes para provar que ela não cometeu crime nenhum".