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Zumbi dos Palmares, aeroporto que de internacional só tem mesmo o nome  

Em 19 de Agosto de 2022 às 16:00

A Aena Desarollo Internacional arrematou por R$ 2,45 bilhões, sem nenhuma outra empresa na concorrência, 11 aeroportos brasileiros, incluindo o terminal de Congonhas, São Paulo, segundo mais movimentado do país, em proposta 231,02% acima do lance inicial mínimo, de R$ 740,1 milhões.

A concessão é por 30 anos.

Além de Congonhas, o bloco inclui os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, Santarém, Marabá, Carajás/Parauapebas e Altamira, no Pará, e Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais.

O consórcio espanhol já opera seis aeroportos no Nordeste, incluindo o de Maceió.

No caso do nosso Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, a administração da Aena Desarollo Internacional já vem operando há algum tempo, mas há muitos usuários saudosos da gestão da estatal Infraero.

Os problemas do nosso único campo de pouso em Maceió começam pela dificuldade de se conseguir vaga no estacionamento, quase sempre lotado.

E prosseguem pela falta de uma farmácia, a existência de apenas um restaurante que vive fechado por bom tempo em horário de operação, inexistência de uma livraria, muitas lojas fechadas e segurança precária.

Os poucos serviços oferecidos aos usuários colocam o nosso aeroporto ao nível de uma rodoviária de cidade de porte médio no Brasil.

Inexplicável que o equipamento seja classificado como “internacional”, o que leva a uma indagação: qual o interesse envolvido na privatização dos aeroportos brasileiros?

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