Polícia

Vídeo de suposto grupo de extermínio cria "toque de recolher" em Boca da Mata

07/06/16 - 11h09

Um vídeo divulgado através do WhatsApp deixou aterrorizados os moradores de Boca da Mata, interior de Alagoas. Nas imagens, um homem encapuzado, que denota fazer parte de um grupo de extermínio, anuncia um toque de recolher na cidade.

Ele diz que o grupo do qual faz parte tem uma lista de 16 pessoas envolvidas em crimes que pretende matar, sendo que oito já teriam sido assassinadas.

O homem avisa que o comércio da cidade terá que permanecer fechado enquanto o grupo fará uma varredura em busca de criminosos, mas tenta explicar que a atuação é apenas para "conter a criminalidade" na cidade.

Entre as ameaças, o homem promete a morte de um homem, que ele identifica como sendo “um tal de Preta Gil”, além de um grupo de pessoas de algumas localidades como a “Rua da Piscina”, “Geo Barros” e “Grota do Epifânio”.

Uma moradora da cidade, que não quer ser identificada, disse que após a divulgação das imagens a população ficou assustada e as ruas teriam ficado desertas. Ele conseguiu fotos de vários pontos da cidade que mostram ruas vazias e portas fechadas.

Assista ao vídeo com as ameaças:

O delegado Ailton Cavalcante, que responde interinamente pela Delegacia Regional de São Miguel dos Campos, informou à produção da TV Pajuçara que existem dois policiais militares por dia na cidade e quatro policiais civis. Eles fariam revezamento para dar segurança à cidade, com 30 mil habitantes.

Ao TNH1 o delegado disse que os crimes e o vídeo estão sendo investigados. "Nós passamos tudo isso para a Delegacia Geral e para a Secretaria de Segurança Pública, já que eles tem tecnologia para investigar de onde esse vídeo partiu", informou.

Sobre os crime que teriam sido cometidos pelo suposto grupo de extermínio o delegado afirmou que todas as vítimas já tinham passagem pela polícia, e que os suspeitos de cometer os crimes saem de outras cidade para "acertar contas" com criminosos que estariam escondidos em Boca da Mata.

A reportagem tentou ainda contato com a 1ª Companhia da PM, mas ninguém atendeu nossas ligações.