Futebol Internacional

Acusado de estupro, Cristiano Ronaldo diz ter a consciência tranquila

Folhapress | 03/10/18 - 18h28
Cristiano Ronaldo se defende de acusações de estupro | DiaEsportivo / Folhapress

Cristiano Ronaldo, jogador da Juventus, voltou a negar em suas redes sociais as acusações de que teria estuprado a americana Kathryn Mayora em um hotel de Las Vegas, no Estados Unidos, em 2009.


"Nego terminantemente as acusações de que sou alvo. Considero a violação um crime abjeto, contrário a tudo aquilo que sou e em que acredito. Não vou alimentar o espectáculo midiático montado por quem quer se promover à minha custa", disse o português em mensagem publicada em sua conta no Twitter.


Em entrevista publicada na última sexta (28) pela revista alemã Der Spiegel, a americana Kathryn Mayorga, 34, acusa o jogador da Juventus de a ter estuprado em junho de 2009, depois que os dois se conheceram em uma casa noturna.


No início do ano seguinte, foi assinado um acordo no qual Cristiano Ronaldo se comprometeu a pagar US$ 375 mil (R$ 1,5 milhão em valores atuais) à suposta vítima, que, por sua vez, nunca mais falaria sobre o ocorrido.


No entanto, após trocar de advogado e ver a repercussão do movimento #metoo, no qual mulheres contam histórias de abusos sofridos, ela decidiu falar sobre o caso.


Depois de Mayorga ter divulgado novas informações sobre o caso, a polícia de Las Vegas decidiu na última segunda (1º) reabrir a investigação contra Cristiano Ronaldo por estupro.

"Aguardarei com tranquilidade o resultado de quaisquer investigações e processos, pois nada me pesa na consciência", afirmou o jogador, também em mensagem no Twitter.

A equipe de advogados de Cristiano Ronaldo definiu a publicação do texto sobre as acusações ao jogador como "gritantemente ilegal".

Em comunicado, Christian Schertz, advogado do português, ameaçou a Der Spiegel e qualquer organização noticiosa que reproduza suas reportagens, mencionando a privacidade do jogador.

"A reportagem da Der Spiegel é gritantemente ilegal. Viola os direitos pessoais de nosso cliente Cristiano Ronaldo de maneira excepcionalmente séria. É uma reportagem inadmissível de suspeitas na área de privacidade. Seria portanto ilegal reproduzir essa reportagem. Fomos instruídos a afirmar imediatamente todas as reivindicações sob a lei de imprensa, contra a Spiegel, especialmente reivindicações por danos morais em quantia correspondente à gravidade da violação, que é provavelmente uma das violações de direitos pessoais mais graves dos últimos anos."

Em transmissão ao vivo no Instagram, o jogador já havia classificado as acusações como "fake news".