Polícia

Alagoano é investigado por atuar ilegalmente como médico em Pernambuco

11/11/15 - 12h14

Falso médico alagoano é investigado pela polícia de Pernambuco (Crédito: Assessoria)

Falso médico alagoano é investigado pela polícia de Pernambuco (Crédito: Assessoria)

A Polícia Civil (PC) pernambucana irá investigar uma denúncia de que um alagoano, identificado como Bruno Maurício da Costa Mousinho, estaria se passando por médico em várias cidades do interior de Pernambuco.

Bruno Mousinho, também apontando pela Polícia Federal (PF) como sendo “Bruno Doido”, estaria dando plantão também nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, onde estaria exercendo a medicina de forma irregular. O suspeito foi ouvido por agentes da PF, nessa terça-feira (10) e liberado, mas continuará sendo investigado pela polícia estadual. 

A investigação foi instaurada após o médico pernambucano Bruno Tenório Gonçalves denunciar à PF que outra pessoa estaria usando seu registro junto ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). De acordo com a denúncia, Bruno Mousinho ainda utilizaria nomes de médicos diferentes.

De acordo com o médico que fez a denúncia, o "falso médico" teria estudado medicina em uma faculdade do estado da Paraíba, onde foi seu colega de curso durante três períodos.

Em seu depoimento, Bruno Gonçalves disse que foi notificado da transferência de um paciente de um hospital de Glória do Goitá/PE para outra unidade hospitalar em Palmares/PE. A nota diria que havia um médico se apresentando como sendo Bruno Silva e usando o seu número do registro junto ao Cremepe.

A Polícia Federal divulgou imagens do circuito interno de um dos hospitais em que Bruno Mousinho aparece circulando no corredor. Em uma delas, ele aparece usando uma máscara cirúrgica.

Além disso, a Polícia Federal divulgou dois números para a população, caso o falso médico seja identificado atuando em outros hospitais: 3421-9595 (Recife/PE) e 3719-4545 (interior e Agreste). As denúncias podem ser feitas também através dos números do Disque Denúncia da Polícia Civil, 181, ou do 190, da Polícia Militar.

Bruno Mousinho será investigado por falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina, cujas penas podem chegar a 10 anos de reclusão por cada crime.

O Cremepe não se pronunciou sobre o assunto. Já o Conselho Regional de Medicina de Alagoas informou que caso as pessoas identifiquem o falso médico atuando no estado, podem denunciar para que o Conselho possa tomar as providências cabíveis.