Saúde

Alagoas está em alerta após surto de doença que afeta bebês em Pernambuco

12/11/15 - 16h04

Surto atingiu bebês de Pernambuco (Crédito: Ilustração)

Surto atingiu bebês de Pernambuco (Crédito: Ilustração)

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) se pronunciou por meio de nota sobre a situação de emergência nacional decretada nessa quarta-feira, 11, pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro. O decreto foi em decorrência do surto de nascimento de bebês com microcefalia em Pernambuco.

Na nota, a Sesau alega que está em “alerta permanente, junto aos hospitais públicos e privados de Alagoas, que realizam atendimento materno-infantil, para que informem imediatamente os casos”.

De acordo com o Ministério da Saúde, apenas em 2015, foram registrados 141 casos em 44 cidades pernambucanas, de recém-nascidos com o tamanho da cabeça menor do que o normal.

Segundo a Sesau, a microcefalia está relacionada a diversas síndromes, como a Down, podendo ser resultado de vários fatores durante a gestação. No entanto, ainda de acordo com o órgão, não há comprovação de que o problema ocorra em virtude do Zika vírus ou da febre do Chikungunya.

Confira a nota na íntegra:

A secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informa que após decretação, pelo Ministério da Saúde, da Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, decorrente do registro de 141 casos de microcefalia em Pernambuco, no período de quatro meses, está em alerta permanente, junto aos hospitais públicos e privados de Alagoas, que realizam atendimento materno-infantil, para que informem imediatamente os casos de crianças que venham a nascer com microcefalia, para que os casos sejam investigados.

Informa que a microcefalia, que em dez anos atingiu 29 crianças – número que está dentro do esperado e não representa anormalidade – está relacionada a diversas síndromes, como a Down, podendo ser resultado de malformações do sistema nervoso central, diminuição do oxigênio para o cérebro do bebê, decorrente de complicações na gravidez ou no parto, além de exposição a drogas, álcool e certos produtos químicos na gravidez, desnutrição grave na gestação, fenilcetonúria materna, rubéola na gravidez, toxoplasmose congênita na gravidez e infecção congênita por citomegalovírus, não havendo comprovação de que o problema ocorre em virtude do Zika vírus ou da febre do Chikungunya.