Brasil

Após mais de dois anos, bombeiros encontram mais um corpo em Brumadinho

G1 | 02/10/21 - 13h59

Mais um corpo foi encontrado na área de buscas da tragédia de Brumadinho na manhã deste sábado (2). A informação foi confirmada pelo major Ivan Neto, que comanda a operação neste fim de semana.

A barragem da mina do Córrego do Feijão, da Vale, rompeu-se no dia 25 de janeiro de 2019. Em 1 ano e oito meses de buscas, 261 vítimas foram identificadas, mas nove seguem desaparecidas.

Segundo o major, o corpo encontrado neste sábado está com a estrutura óssea bastante preservada. Mas somente a perícia da Polícia Civil vai poder determinar se trata-se de uma das nove vítimas desaparecidas da tragédia da Vale. Por volta das 13h, os peritos estavam a caminho da área de buscas.

A localização foi feita por volta das 11h, próximo ao local onde os militares encontraram o corpo de Juliana Creizimar de Resende Silva, última vítima identificada, no fim de agosto.

O major disse que a equipe espera que esta nova localização possa trazer alento a parentes dos desaparecidos, que são chamados de "joias".

“A nossa equipe ficou extremamente satisfeita. Para nós é uma honra poder fazer parte do encontro porque temos esperança de trazer alívio para uma família”, disse.

As seguintes vítimas ainda não foram identificadas:


  1. ANGELITA CRISTIANE FREITAS DE ASSIS
  2. CRISTIANE ANTUNES CAMPOS
  3. LECILDA DE OLIVEIRA
  4. LUIS FELIPE ALVES
  5. MARIA DE LURDES DA COSTA BUENO
  6. NATHALIA DE OLIVEIRA PORTO ARAUJO
  7. OLIMPIO GOMES PINTO
  8. TIAGO TADEU MENDES DA SILVA
  9. UBERLANDIO ANTONIO DA SILVA

Última vítima identificada

A última vítima identificada foi localizada foi no fim de agosto na região do Remanso 1, do lado direito, próximo à comunidade de Córrego do Feijão. Juliana Resende, que era analista operacional da Vale, tinha 33 anos. Ela era casada com Dennis Silva, que também perdeu a vida no rompimento da barragem. O corpo de Juliana foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros após 942 dias de buscas.

Ela e o marido deixaram filhos gêmeos, que tinham apenas 10 meses na época do desastre e hoje vivem sob os cuidados dos avós e da tia. A família de Juliana representa a luta incansável dos parentes das vítimas para que os corpos de todas as 270 pessoas que perderam a vida na tragédia sejam localizados.