O radicalismo e fanatismo de um grupo de torcedores da Ponte Preta quase causou uma grande confusão num supermercado de Campinas, nesta sexta-feira à tarde. O ex-meia Neto, comentarista da TV Bandeirantes, iria fazer a promoção de um produto, mas recebeu ameaças na emissora, na capital. Mesmo assim, no seu programa esportivo diário, no horário do almoço, Neto desafiou seus provocadores e jurou que iria ao evento para cumprir seu compromisso profissional.
Com a presença de vários torcedores no local, que ficou com o clima tenso, a direção do supermercado decidiu cancelar o evento. Ele estava agendado para começar às 18 horas. Houve muitas dúvidas do número de presentes ao local, entre consumidores e torcedores. Alguns falaram em 200 outros em até 400 pessoas.
Isso, porém, não impediu o confronto entre alguns torcedores e os seguranças dentro do supermercado. Enquanto procuravam por Neto dentro do Supermercado Enxuto, percorrendo os corredores, os torcedores tinham que enfrentar os seguranças destacados para evitar maiores problemas ou conflitos. Houve muito bate-boca e o confronto foi inevitável, só acalmando com a chegada de viaturas da Polícia Militar.
A alegação destes fanáticos é da maneira debochada como Neto se expressa ao se referir à Ponte Preta, rival histórico do Guarani. Mas nada justifica a violência ou agressão. As manifestações, esportivas principalmente, devem ser pacíficas.
Revelado nas categorias de base do Guarani e campeão brasileiro pelo Corinthians em 1990, Neto nunca escondeu ser torcedor dos dois clubes. No time de Campinas por ter passado pelas diversas divisões de base, além de se destacar profissionalmente. E do time da capital por ter conquistado o primeiro título nacional e também por outras conquistas.
Mas, nem por isso, deixou de elogiar a Ponte Preta nos momentos que o time ou o clube mereceram. No domingo passado, Neto já teve problemas para ficar na cabine da TV Bandeirantes no estádio Moisés Lucarelli. Foi necessário reforçar a segurança para evitar confronto, além da pronta intervenção de alguns dirigentes. Mesmo isso isso não evitou provocações nas redes sociais, um espaço ainda mais democrático para a liberdade de expressão.
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