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Apresentadora da Globo diz que motorista de carro de app tentou dopá-la no Rio

Splash/UOL | 12/08/22 - 15h27
Reprodução

Bárbara Coelho, apresentadora da TV Globo, relatou no "Encontro" ter sido vítima de uma tentativa de dopagem em um carro de aplicativo. A jornalista afirmou que o episódio aconteceu na quarta-feira, quando ela pediu uma corrida para ir até o médico, no Rio de Janeiro.

Segundo Bárbara, a viagem seria curta, com cerca de 10 minutos: "Quando entrei no carro eu não senti nada, eu percebi que o carro tava com um aspecto muito ruim, sujo, mas eu entrei já distraída, a gente fica muito no telefone hoje em dia", começou.

Rapidamente ela percebeu algo diferente: "Em menos de 2 minutos eu senti um cheiro forte", contou a apresentadora a Patrícia Poeta. Ao sentir o odor estranho, a apresentadora do "Esporte Espetacular" enviou a localização do veículo para uma amiga próxima, avisando que algo estranho estava acontecendo.

"Muito pouco tempo depois eu comecei a passar mal. Durante esse período, o motorista mandou um áudio estranho pra alguém pedindo cesta básica. Me pareceu uma necessidade de mostrar que era do bem, que tava tudo certo. Foi muito aleatório aquele pedido de cesta básica durante a corrida, primeiro que nem se usa o telefone, ou não deveria usar", relatou a jornalista, que começou a ter sintomas mais fortes.

- Eu comecei a ficar muito mal, comecei a perder os sentidos, falta de ar e com dificuldade até de falar. Aí eu mandei um áudio para o meu marido e falei 'me espera na porta porque eu tô chegando'. Aí ele [motorista] me olhou muito feio pelo retrovisor, muito assustado, me encarando. 

A jornalista pediu que o motorista parasse o carro. Ele chegou a questionar a decisão, mas estacionou o veículo. Bárbara disse que pediu ajuda em uma banca e começou a chorar.

Uma toxicologista explicou ao "Encontro" que, segundo o que foi relatado por Bárbara, pode ter sido usado um solvente orgânico, que se dispersa rapidamente no ambiente.

"O solvente entra rápido no organismo por meio da respiração, atinge rapidamente o cérebro e gera esses sintomas: sonolência, sensação de desmaio, enjoo e confusão mental", disse a especialista.

De acordo com a profissional, o motorista pode não sofrer os efeitos do solvente em razão do vidro aberto. O líquido também pode ter sido borrifado diretamente no lado do passageiro.

Bárbara relatou que fez uma denúncia na Uber e a empresa respondeu que está realizando uma investigação interna. A jornalista afirmou ainda que seguiu com o mal-estar durante o resto do dia.

Em nota enviada ao "Encontro", a Uber declarou "que trata todas as denúncias com a maior seriedade e avalia cada caso individualmente para tomar as medidas cabíveis"

"A empresa disse que até o momento não teve o conhecimento de nenhum inquérito concluído comprovando o uso de quaisquer substâncias com o proposito de dopagem ou indiciamento do suposto motorista agressor", disse Patrícia Poeta.