O presidente Michel Temer negou, mais uma vez, em pronunciamento distribuído nesta segunda-feira (12) nas redes sociais, qualquer interferência em outros Poderes e afirmou que tem "apego" à harmonia e independência.
— Nas democracias modernas, nenhum poder impõe sua vontade ao outro. O único soberano é o povo e não um só dos Poderes. E muito menos aqueles que, eventualmente, exerçam o poder. [...] Sob meu governo, o Executivo tem seguido fielmente essa determinação. Não interfiro nem permito a interferência indevida de um Poder sobre o outro. Em hipótese alguma, nenhuma intromissão foi ou será consentida.
A fala de Temer é uma resposta a informações de que o governo estaria planejando um ataque ao Ministério Público e ao Judiciário como revide pelas recentes denúncias envolvendo o próprio presidente.
— O Estado Democrático de Direito não admite que as instituições públicas e seus responsáveis cometam ilegalidades sob quaisquer justificativas", disse Temer. "Na democracia, a arbitrariedade tem nome: chama-se ilegalidade. O caminho que conduz da justiça aos justiceiros é o mesmo caminho trágico que conduz da democracia à ditadura. Não permitirei que o Brasil trilhe este caminho.
Neste final de semana, reportagem da revista Veja informou que o Palácio do Planalto teria pedido à Abin (Agência Brasileira de Inteligência) que investigasse o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, relator da Lava Jato e responsável por aceitar a abertura de inquérito contra Temer.
A informação gerou respostas furiosas do Judiciário e do Ministério Público, mas foi negada pelo governo.
Confira abaixo o pronunciamento completo:
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