Alagoas

Até setembro, mais de 300 mil pessoas disseram ter feito teste de Covid em Alagoas

TNH1 com Ascom IBGE | 23/10/20 - 14h53
Maurício Vieira / Secom SC

O número de pessoas que fez algum teste de diagnóstico da Covid-19 chegou a 325 mil em Alagoas no mês de setembro, o equivalente a 9,7% da população estadual. Destas, 103 mil testaram positivo. Os dados são da edição mensal da PNAD COVID19, divulgada nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em agosto, 287 mil haviam feito o teste e 96 mil receberam o diagnóstico da doença.

Em relação aos 103 mil testes positivos, que divergem dos dados oficiais da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), o IBGE explicou que a PNAD COVID19 é uma versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, realizada em parceria com o Ministério da Saúde, com coleta de dados por telefone. Seus objetivos incluem estimar número de pessoas com sintomas de COVID-19 e quantificar alguns dos impactos da pandemia no mercado de trabalho. Como é uma pesquisa amostral, os valores de cada variável encontrado na amostra é estimado (projetado) para o total da população.

A assessoria da Sesau informou que os números da contagem oficial de covid-19 no estado são publicados diariamente no boletim. A atualização desta sexta-feira (23) traz 89.994 casos confirmados.

Dados

Por grupos de idade, o maior percentual de pessoas que fizeram algum teste para detecção da Covid-19 foi entre 30 a 59 anos de idade (13,8%), seguido pelos grupos de 20 a 29 anos (10,7%) e de 60 anos ou mais de idade (9%). Entre as pessoas sem instrução ao fundamental incompleto, 6,4% realizaram e, entre aqueles com superior completo ou pós-graduação, 22,2%.

O percentual de realização dos testes para diagnóstico da doença é maior no grupo das pessoas com maior rendimento domiciliar per capita, chegando a 35,8% para as pessoas na faixa de quatro ou mais salários mínimos. No mesmo período, apenas 6,8% das pessoas na faixa de menos de meio salário mínimo fizeram algum teste.

Três tipos de testes são abordados pela pesquisa: o SWAB, exame em que o material é coletado com cotonete na boca e/ou nariz; o teste rápido com coleta de sangue por um furo no dedo; e o exame com sangue retirado na veia do braço.

Das 325 mil pessoas que fizeram o teste, 63 mil fizeram SWAB e, destas, 27 mil receberam diagnóstico positivo. O exame de sangue com furo no dedo  foi o mais realizado em Alagoas, com 196 mil testes até setembro, dos quais 53 mil receberam o diagnóstico. No exame de sangue com furo na veia foram 107 mil testes, com 43 mil pessoas recebendo diagnóstico positivo.

Alagoas é 17ª colocada no ranking de testes de Covid-19

Com 9,7% da população testada até setembro, Alagoas foi o quarto estado da região nordeste que menos realizou testes no total da população, à frente apenas de Pernambuco (6,8%), Maranhão (8,8%) e Ceará (9,6%). No ranking nacional, o estado alagoano ficou na 17º posição. O Distrito Federal (22,2%) foi a unidade da federação com maior percentual de testes realizados, seguido por Piauí (17%) e Goiás (16%).

Cai número de pessoas que relataram ter algum sintoma de síndromes gripais

A pesquisa também apontou queda no contingente daqueles que relataram ter algum sintoma de síndromes gripais em Alagoas. No mês de setembro, 118 mil pessoas afirmavam ter algum dos sintomas abordados pela pesquisa, como tosse, febre e dificuldade para respirar. Esse número representa 3,5% da população alagoana. Em maio, quando a pesquisa foi iniciada, 405 mil, ou 12,1% dos alagoanos, apresentavam algum dos sintomas.

Aumenta número de pessoas que não fizeram restrição de contato

Entre as medidas de restrição de contato tomadas, a Pnad Covid-19 revelou que, no mês de setembro, 167 mil pessoas em Alagoas relataram não ter feito nenhuma restrição, um aumento de aproximadamente 80% em relação aos 92 mil de agosto. A quantidade de pessoas que reduziu contato, mas continuou saindo de casa e/ou recebendo visitas subiu para 1,06 milhão ante os 887 mil do mês anterior. Por outro lado, houve queda entre aqueles que ficaram em casa e só saíram por necessidade básica, passando de um contingente de 1,7 para 1,6 milhão. Da mesma forma, o grupo que afirma ter permanecido rigorosamente isolado era de 491 mil em setembro, apresentando redução diante dos 636 mil do mês anterior.