Futebol

Atuação, reforços e cobrança: Doriva analisa CRB após empate com Criciúma

25/07/18 - 15h35
Pei Fon / Portal TNH1

O empate sem gols com o Criciúma em casa não foi bom resultado para o CRB nesta Série B do Campeonato Brasileiro. O próprio técnico Doriva reconheceu que o Galo não teve boa atuação. Em entrevista coletiva após a partida, o treinador analisou o desempenho da equipe e explicou as opções por Alípio e Cleiton Xavier no segundo tempo. 

"Um jogo difícil, como todos da Série B. Não conseguimos ter um domínio como tivemos no último jogo em casa. A equipe tentou, batalhou. Não foi um bom jogo. Essa é a verdade. Ficamos abaixo. Acho que sentimos a sequência. A equipe não conseguiu render o que a gente esperava. Não conseguiu fazer uma pressão efetiva no Criciúma, deixar o Criciúma no campo deles". 


(Foto: Pei Fon / Portal TNH1)

"No segundo tempo colocamos um pouco mais de velocidade com o Alípio, para ver se a gente envolvia mais, já que o adversário também estava se defendendo e chutando a bola para frente. Estávamos tendo algum volume. Achei que faltava um pouquinho de enfrentamento ali, aí substituí o Alípio no lugar do Leílson no intervalo. Mas não conseguimos reproduzir o primeiro tempo a nível de criação. Tivemos bastante volume de cruzamento e tudo, mas não conseguimos aproveitar", comentou. 

Doriva lamentou o fato de Cleiton Xavier sentir novamente a lesão. O meia entrou na vaga de Lucas aos 26" do segundo tempo, minutos depois sentiu o problema na coxa esquerda e não conseguiu acrescentar em campo. 

"Depois de 25 minutos, tivemos uma infelicidade na troca, colocamos o Cleiton, que estava totalmente recuperado, estava treinando, já tinha feito coletivo e tudo. Mas ele voltou a sentir. No final do jogo foi dramático. A gente praticamente ficou com um a menos. Tivemos que nos superar no final. Nessa competição jogar com um a menos é difícil, nós sofremos no último jogo em Caxias, jogamos com um homem a menos praticamente o segundo tempo todo. Com certeza isso repercutiu hoje também", afirmou. 

O ponto em casa deixou o CRB com 19 pontos, mas os resultados da rodada não foram bons e o Galo caiu para a 16ª colocação. O próximo duelo é contra o Londrina neste sábado (28), às 16h30, no Estádio Rei Pelé, em Maceió, pela 18ª rodada da Série B. 

Veja outros trechos da entrevista

Reforços

"A gente precisa. Temos conversado sobre isso. Mas não está fácil, o mercado está difícil. A gente não tem tantas opções assim. Mas vamos continuar buscando. Vamos continuar avaliando, temos até o final do primeiro turno para avaliar bem e ir dando oportunidade para os atletas mostrarem. E aí sim trazer essas peças, tem que ser peças prontas". 

"Não dá para trazer um atleta que está parado, que está fora do mercado. Tem que ser um atleta que chegue para jogar. Pensamos nisso, refletimos sobre isso, fazemos um exercício todo mundo junto, porém, ainda não temos essas peças. A gente precisa de uma ou duas peças. Faz parte, precisamos reforçar. Mas estamos no limite. Temos 22 jogadores. Nesse jogo acho que ficou fora só o Serginho". 

Cobrança

"Até quando saí no intervalo, o torcedor estava questionando. O torcedor tem a razão. A gente não está bem colocado, estamos sofrendo na competição. Mas acho que o torcedor tem que vir ao estádio para apoiar. Se ele é torcedor, ele vem para apoiar, para torcer. Depois no final do jogo ele questiona, xinga, extravasa. Mas durante ao jogo, no intervalo, eu discordo". 

"Infelizmente nosso torcedor tem que compreender isso. Sei que a paixão fala mais alto, que o torcedor é passional. Ninguém está aqui de brincadeira. Todo mundo quer ganhar, todo mundo quer vencer. Do mesmo jeito que o torcedor. O torcedor tem que apoiar, encorajar para que o jogador confie, tenha confiança. Todo mundo está correndo. Não dá para falar nada desse elenco. Agora as coisas às vezes não saem como a gente planeja". 

Cleiton Xavier

"E agora perdendo o Cleiton, mais ainda. Não sei quanto tempo vai levar o Cleiton. Ele vinha bem, numa crescente, estava treinando normal. A gente pensou que ia contar com a lucidez dele, ele é muito lúcido, todo mundo sabe da qualidade dele. Ele deu dois passes logo que entrou, que falei "Puxa vida, esse jogador vai nos ajudar", mas na sequência infelizmente ele voltou a sentir e é uma perda para a gente". 


(Foto: Pei Fon / Portal TNH1)

Felipe Menezes

"Fez um bom jogo. Devido às circunstâncias, era um cara que estava parado há algum tempo. Estava treinando, mas um jogo é diferente. Havia entrado bem no jogo em Caxias. É um jogador lúcido, tem a maneira dele de jogar. Fez um jogo que pode ser melhorado. Acho que tem mais de melhora por conta do preparo físico e ritmo, com certeza ele vai melhorar. A avaliação é essa. É um jogador que tem ainda algo a melhorar e a gente espera que melhore". 


(Foto: Pei Fon / Portal TNH1)

Alípio

"Tento recuperar o atleta, estimular o atleta. A resposta do atleta tem que ser dentro de campo. No jogo que ele jogou contra o São Bento, ele não fez uma má partida. Ele melhorou do que vinha performando antes de eu chegar. Foi o feedback que tive do pessoal interno. Não temos tantas opções assim. Tinha dado oportunidade ao Bruno Paulo em Caxias, ele não foi tão bem. A minha opção era o Alípio". 

"Ele tentou, teve brio, infelizmente não conseguiu encaixar uma jogada, ser mais produtivo da maneira que a gente esperava. Mas isso faz parte. Ele não está jogando contra ninguém, está jogando contra uma equipe organizada, que nos causou dificuldade. Ele entrou e também foi prejudicado por conta da situação do Cleiton, todos na verdade no segundo tempo" 


(Foto: Pei Fon / Portal TNH1)

"Depois que o Cleiton ficou incapacitado de participar do jogo, nós perdemos a mão do jogo. A gente estava pressionando, criando situações e depois disso infelizmente sofreu. É uma circunstância que acontece. Não podemos culpar A ou B pelo cara lesionar. É do futebol. É bom frisar que o cara estava totalmente recuperado, mas infelizmente voltou a sentir". 

Rafael Costa

"No jogo se pode fazer três substituições. Vamos refrescar a memória do torcedor e de vocês [jornalistas]. A gente começa com um planejamento inicial. E óbvio que o Rafael é um jogador interessante, está treinando bem, mas a circunstância do jogo ou eu tirava o Neto e colocava o Rafael, fazendo uma troca de 9 por 9, ou eu deixava o Neto e colocava uma criação no meio". 

"Se eu tirasse o Felipe e colocasse dois atacantes, meu receio era a bola não chegar lá na frente. É uma variante que vocês podem trabalhar da maneira que quiserem. O treinador tem que fazer a opção dele. Hoje optei pela criação, por um jogador que tem qualidade, é lúcido e pode enfiar uma bola. Infelizmente não deu certo porque ele se lesionou. Mas faz parte, são circunstâncias do jogo".