Brasil

Auxílio emergencial de R$ 600 para informais começa a ser pago hoje

Exame | 09/04/20 - 07h37
Ascom Sefaz

O governo federal começa a pagar nesta quinta-feira, 9, o auxílio emergencial de 600 reais aos trabalhadores informais que repentinamente viram os seus rendimentos cair por conta do fechamento de empresas em todo o país para desacelerar a disseminação do novo coronavírus.

Os primeiros a receber o benefício emergencial, hoje, são os trabalhadores que já têm conta poupança na Caixa ou conta corrente no Banco do Brasil e estavam registrados no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) até o dia 20 de março. Quem não tem conta em nenhuma das duas instituições financeiras mas estava registrado no CadÚnico vai receber até 14 de abril, mediante uma inscrição no site ou no aplicativo criado em parceria com a Caixa para o novo programa, que foi aberto na terça-feira, 7.

Os brasileiros que recebem o Bolsa Família poderão sacar o auxílio no mesmo dia em que o seu benefício seria normalmente pago, a partir de 16 de abril, mas também precisam se inscrever no site ou no aplicativo.

O mesmo procedimento vale para os trabalhadores que não estavam registrados no CadÚnico – estes vão receber em até três dias úteis após se inscrever pelas ferramentas da Caixa. Até as 20h de ontem, 26,6 milhões de trabalhadores já haviam se registrado para solicitar o auxílio emergencial, segundo a Caixa.

A segunda parcela do benefício, no mesmo valor, será paga no final de abril, e a terceira e última, no fim de maio. O calendário foi pensado para evitar uma corrida de trabalhadores à Caixa ou às casas lotéricas no momento em que a melhor maneira de evitar o contágio pelo novo coronavírus é o distanciamento social.

O auxílio deve ser pago a até 70 milhões de trabalhadores, segundo o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni. Com a medida, o governo Jair Bolsonaro espera evitar uma convulsão social e mitigar os efeitos da pandemia na economia brasileira.

Especialistas têm dito que o valor não é suficiente para sustentar as famílias que dependiam do trabalho informal, considerando que as suas despesas também vão crescer – as crianças que faziam todas as refeições nas escolas precisam comer em casa, já que os estabelecimentos de ensino foram fechados. Nas próximas semanas, conforme a crise se aprofunda, o governo vai ter que avaliar se abre mais os cofres para socorrer a população mais vulnerável.