O trabalho de monitoramento para frear a proliferação do novo coronavírus no estado vai ganhar mais um reforço da tecnologia. Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) vão utilizar drones para mapear áreas com aglomerações e detectar também a frequência do uso de máscara por parte da população.
Inicialmente, o monitoramento será realizado em Maceió, nos bairros da Ponta Verde e do Benedito Bentes, este último listado como um dos bairros com maior índice da doença na capital.
O trabalho, fundamentado na matemática e em algoritmos, está sendo desenvolvido no Laboratório de Estatística e Ciência dos Dados (LED) da Ufal. O pesquisador Krerley Oliveira, um dos coordenadores do projeto, conversou com o apresentador Thiago Hélcias, da TV Pajuçara / Record TV.
De acordo com o professor, o mapeamento poderá subsidiar ações por parte dos governos Municipal e Estadual para evitar que as pessoas não se aglomerem e garantir que a pandemia não dispare.
“O objetivo é detectar em municípios aglomerações de pessoas e uso de máscaras por pessoas. A gente começa nosso trabalho escolhendo a área de monitoramento e fazendo detecção automática da estrutura comercial dessa área. Em seguida, a gente estuda automaticamente quais são os horários de pico dos atendimentos nesses negócios”, explicou.
“Uma vez que a coleta é feita, a gente processa os dados e traça novas rotas para buscar ativamente essas aglomerações e áreas onde as pessoas não estão usando máscaras”, acrescentou o pesquisador.
Veja o vídeo com a entrevista:
O último boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), divulgado na tarde de ontem (1º), trouxe mais 20 óbitos. Com isso, Alagoas totaliza 1.072 mortes e 36.819 casos da Covid-19.
