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Canadá pretende receber mais de 1 milhão de imigrantes nos próximos 3 anos

Segundo ministro de Imigração do país, fluxo ajudará a combater envelhecimento e baixa taxa de natalidade, além de impulsionar o mercado de trabalho

VEJA.com | 11/01/19 - 22h02
Vancouver, Canadá | Pixabay

O Parlamento do Canadá anunciou planos de oferecer mais de um milhão de residências permanentes a imigrantes entre 2019 e 2021. A quantia representa um acréscimo de quase 1% da atual população canadense a cada ano.

Com políticas migratórias flexíveis, o país recebeu mais de 286.000 residentes permanentes em 2018 e estima que esse número irá alcançar os 350.000 este ano. A projeção ainda é de 360.000 em 2020 e 370.000 em 2021.

“Graças aos recém-chegados que recebemos por toda nossa história, o Canadá se desenvolveu no país forte e vibrante de que nós tanto gostamos”, disse Ahmed Hussen, ministro canadense de Imigração, Refugiados e Cidadania (IRCC), que pediu C$5,6 milhões para financiar as iniciativas de reassentamento.

Hussen, que é um refugiado da Somália, afirmou que o fluxo irá ajudar a compensar o envelhecimento e descréscimo das taxas de natalidade do país, além de aumentar a força de trabalho.

A postura amigável do Canadá sobre novos moradores contrasta com a postura de outras nações do Ocidente, incluindo os Estados Unidos, que estão adotando medidas migratórias mais restritivas. Desde que assumiu, em 2016, o governo do primeiro-ministro Justin Trudeau é dedicado especialmente em oferecer proteção aos refugiados.

Em 2017, diante de decretos restrititos do presidente americano Donald Trump, Trudeau já havia manifestado seu apoio ao recebimento de migrantes: “Àqueles que estão fugindo da perseguição, do terror e da guerra, o Canadá irá recebê-los, independentemente de sua fé. A diversidade é a nossa força”, dizia a mensagem, republicada por mais de 700 mil pessoas.

O Acnur, agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU), estima que em 2017 o número de expatriados bateu um recorde histórico, com 68,5 milhões de pessoas sendo obrigadas a deixar seus lares. O balanço de 2018 ainda não foi divulgado pela agência.