Futebol Nacional

Ceará e Vasco ficam no 0 a 0 e time carioca escapa de rebaixamento

Futebol Interior | 02/12/18 - 20h41
LC Moreira/Futura Press/Folhapress

Com a Arena Castelão lotada, com mais de 55 mil torcedores, o Ceará empatou sem gols com o Vasco da Gama, nesta tarde, pela última rodada do Campeonato Brasileiro.

O resultado foi ruim para o Vovô cearense que poderia ficar com uma vaga na Copa Sul-Americana, mas ficou em 15.º lugar, com 44 pontos. E bom para o time carioca, com 43 pontos, em 16.º, mas livre do rebaixamento - já caiu três vezes nos últimos dez anos.

A torcida do Ceará fecha com a quarta maior média de público - 25.941 torcedores - atrás somente de três grandes forças nacionais: Palmeiras, Corinthians e Flamengo.

CLIMA FESTIVO
Mas o clima antes do jogo era de entusiasmo e festa. O Ceará foi saudado com muitos fogos e o técnico Lisca não perdeu a chance de dar a volta olímpica. Mas Lisca prometia lutar pelo novo objetivo:

"Escapamos do rebaixamento, mas agora temos a chance de ter uma vaga na Copa Sul-Americana" - disse ele. A última participação cearense aconteceu em 2011. O Vasco precisava empatar para garantir, matematicamente, sua presença no Brasileirão de 2019.

MOVIMENTAÇÃO E SEM FINALIZAÇÃO
O jogo começou movimentado e em clima de decisão pela presença marcante da torcida do Vozão. Mas o Ceará não encontrava espaços para superar o bom bloqueio defensivo armado pelo técnico Alberto Valentim. Quando o time carioca ameaçou sair, levou três contra-ataques, ficou com medo e voltou a se fechar.

Com muita marcação e pegada dos dois lados, o jogo ficou ríspido e só no primeiro tempo foram aplicados pelo bom árbitro paulista Rafael Klaus, cinco cartões amarelos: Richardson, Samuel Xavier e Ricardinho para o Ceará; Raul e Willian Maranhão para o Vasco.

Mas o jogo ficou mesmo sem finalizações, tanto que os dois goleiros não fizeram nenhuma defesa. De um lado, Éverson, do Vovô, de outro, Fernando Miguel, do cruzmaltino. Dois meros espectadores. Faltou intensidade ofensiva.

MUDANÇA NA VOLTA
Na volta para o segundo tempo, o Ceará voltou com uma mudança no ataque. Saiu o apagado Calyson para a entrada de Éder Luís. Além disso, Lisca posicionou os dois volantes - Richardson e Juninho - na frente da defesa, adiantando um pouco o meia Ricardinho para criar jogadas aos atacantes.

Logo aos três minutos teve uma boa chance. Samuel Xavier foi até a linha de fundo e cruzou para a pequena área. Arthur raspou de cabeça para fora. Aos 10 minutos, outra jogada parecida. Desta vez, Arthur bateu de chapa e no caminho ela bateu num defensor e saiu.

Aos 14 minutos, Felipe Azevedo desceu em diagonal e bateu forte, porém, para fora.

PRIMEIRA CHANCE
A primeira grande chance vascaína saiu aos 24 minutos. Num contra-ataque rápido, a bola foi lançada para Marrony já dentro da área. Ele demorou para finalizar e, quando chutou, foi bloqueado pelo goleiro Éverson.

O Ceará só respondeu aos 34 minutos, quando o volante Juninho arriscou o chute de longe, a bola subiu e caiu em cima de Fernando Miguel. O goleiro espalmou por cima do travessão, levantando a torcida cearense. Os últimos minutos foram tensos.

O Ceará não chegou na frente e o Vasco ficou na espera de um contra-ataque que não aconteceu. Aos 45 minutos ficou sem Samuel Xavier, que cometeu falta e recebeu o segundo cartão amarelo.