Futebol Internacional

Com histórico "conturbado" no futebol, alagoano Pepe hoje é "anjo" do Real Madrid

06/05/16 - 08h35
Divulgação / Real Madrid

Quem assiste aos jogos do Real Madrid costuma sempre esperar muitos gols do trio Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo, jogo bonito e cartões vermelhos para Pepe. O zagueiro brasileiro naturalizado português, no entanto, vai ruindo a cada dia essa expectativa dos fãs do futebol merengue.

Presença em boa parte das partidas no time titular de Zinedine Zidane, o alagoano de Maceió virou "anjo" e surpreendentemente não recebe um vermelho atuando pela equipe de Santiago Bernabéu desde o dia 17 de dezembro de 2011, quando acabou expulso na goleada diante do Sevilla por 6 a 2 - pela seleção portuguesa, isso não acontece desde a Copa do Mundo de 2014, contra a Alemanha.

O que poucos sabem é que, bem no seu começo, ainda como sub-20 do Corinthians-AL, ele esteve perto de encerrar sua carreira aos 16 anos, na Copa São Paulo de Futebol Júnior, por conta de uma jogada ríspida com um adversário do Corinthians paulistano.

"Quando eu vejo um jogador, consigo ver aonde ele pode chegar. Tive a felicidade de lançar o Pepe com 16 anos como titular. Ele era muito viril desde sempre e deu um soco quando vencemos o Corinthians por 2 a 0 e foi expulso. O menino tinha aparelho nos dentes e estourou tudo", conta o técnico Bira Veiga, sem se lembrar do nome do atleta atingido, em entrevista ao ESPN.

"Antes de viajarmos, a diretoria queria mandá-lo embora. Daí eu o chamei no apartamento e disse pra ele segurar que eu ia resolver a situação dele. O Pepe acabou ficando e foi diminuindo a maneira dele um pouco", diz o técnico responsável pela eliminação do Palmeiras na primeira fase da Copa do Brasil de 2002 pelo ASA-AL.

Mas não foi só isso que Pepe aprontou quando era mais jovem... Desta vez, pela Copa Carnevalle, na cidade italiana de Viareggio, na Itália, ele se envolveu em nova confusão.

"Ele cuspiu na cara de um atacante. Até chamei a atenção dele e tive um momento muito forte", relembra Bira.

"É um menino muito tranquilo, bom caráter, mas que dentro de campo se transforma. Depois ele jogou todo campeonato de titular inclusive colocou meu ex-capitão do ASA, o Rogério Gaúcho que estava no jogo contra o Palmeiras, no banco de reservas. Em seguida, iniciou sua rápida passagem no time profissional", finaliza.