Alagoas

Com redução de óbitos, governador diz que começará a discutir reabertura no interior de Alagoas

Ana Carla Vieira | 06/07/20 - 11h57
Reprodução

O governador de Alagoas, Renan Filho, anunciou na manhã desta segunda-feira (06), durante entrevista coletiva na entrega do Hospital Regional do Norte, em Porto Calvo, que a última semana epidemiológica encerrada no sábado (04) apontou uma redução de mortes por Covid-19, tanto em Maceió como no interior. Por causa desses números, Renan Filho disse que espera nos próximos dias começar a avaliação para reabertura de atividades não essenciais também nos municípios alagoanos. 

"Para ser sereno e prudente eu digo que está muito mais perto de abrir o interior do que antes. A boa notícia é que na semana que fechou sábado houve redução de mortes na capital e no interior. Somadas, foram menos de 100 mortes na semana epidemiológica 27, quando já tivemos 100 mortes apenas na capital. Pelos números está tendo uma queda. A dificuldade de dizer se o pior já passou é que não se sabe o que vai acontecer amanhã", afirmou Renan Filho. 

O governador disse ainda que a conversa para o avanço de fases também no interior será com os diversos segmentos da sociedade. "Para isso, todo mundo precisa colaborar muito: usando máscara, lavando as mãos e mantendo um distanciamento social controlado", enfatizou. 

Entrega do Hospital Regional do Norte

Nesta segunda foi entregue o Hospital Regional do Norte, com 50 leitos clínicos e 10 leitos de UTI. O hospital funcionará no modelo "portas fechadas", onde serão atendidos e internados pacientes prioritariamente da região norte, que sejam encaminhados pela Central de Regulação depois de terem passado por unidades de saúde nos municípios. 

"Esse equipamento foi 100% construído e equipado com recursos do estado. E eu agradeço ao Governo Federal, ao ministro da saúde e ao presidente da República pelo envio dos respiradores. No dia 29 de setembro, faremos a entrega do 4º hospital em Alagoas em um ano: será o Hospital Regional da Mata", falou Renan Filho. 

O governador acrescentou ainda o papel que o hospital vai exercer, mesmo depois da pandemia. "Aqui serão atendidas: urgência e emergência, partos, cirurgias de todos os tipos, e praticamente todos os tipos de exames laboratoriais de imagem. Nosso país viveu duas grande pandemias, uma há cerca de 100 anos atrás, em 1918. Foi a gripe espanhola, onde Alagoas ganhou um equipamento novo: o cemitério São José. Agora em 2020, estamos vivendo outra pandemia que está nos obrigando a usar máscaras, e estamos entregando hospitais prara ajudar a salvar a vida das pessoas", lembrou o governador.

"Sem dúvidas, a saúde viverá dois momentos: um antes e um depois dessas entregas. Porque quem é atendido num hospital desse, não aceita mais ser atendido em um posto de saúde ruim", comparou o chefe do executivo.

"Esses dias nós demos alta a um senhor de 104 anos que foi salvo no Hospital da Mulher. Quantos anos ele vai viver mais? Não sei. Mas não morreu de covid-19 nessa pandemia", ressaltou o governador, em referência ao papel que os hospitais entregues estão desenvolvendo.

O secretário de saúde de Alagoas, Alexandre Ayres, falou ainda sobre os profissionais da saúde que atuarão no novo hospital entregue em Porto Calvo. "Fizemos um chamamento público para profissionais da saúde e serão 500 profissionais atuando aqui. A abertura estava prevista para agosto, mas antecipamos para reforçar a assistência hospitalar na região", explicou o secretário.