Brasil

Começou a temporada de baleias no litoral brasileiro

Agência Brasil | 18/07/21 - 23h59
Agência Petrobrás

Começou neste mês a temporada das baleias no litoral brasileiro, que se estenderá até novembro. A diretora do Projeto ProFranca, Karina Groch, informou que no caso das baleias Franca, a temporada começou um pouco mais cedo. As primeiras baleias dessa espécie foram registradas no dia 12 de junho. “Desde então, o número vem aumentando”, disse Karina.

Na sexta-feira (16), em sobrevoo na costa catarinense, os pesquisadores avistaram mais baleias na região do que o máximo de ocorrências registradas em setembro do ano passado. “Isso já é um indicativo de que a gente deve ter uma temporada com número maior de baleias do que no ano passado”, estimou a bióloga. 

Em setembro de 2020, no pico da temporada, foram observadas 42 baleias Franca na costa catarinense e gaúcha, sendo 33 em Santa Catarina. Este ano, nessa mesma área, já foram contabilizadas 36 baleias, com auxílio de drones. Segundo Karina Groch, essa espécie está crescendo a uma taxa de 4,8% ao ano.

A baleia Franca é uma espécie ameaçada de extinção. Foi caçada durante quatro séculos e começou recentemente a retornar à costa do Brasil no início da década de 1980. Em 2018, houve um pico de ocorrências, com o recorde registrado de 273 baleias Franca na costa de Santa Catarina. Karina explicou que as flutuações estão relacionadas ao ciclo reprodutivo da espécie, que ocorre a cada três anos, quando as fêmeas vêm para o litoral brasileiro para ter os filhotes. A vinda ao país para o nascimento dos filhotes tem a ver também com a disponibilidade de alimentos na Antártida. “Anos que têm mais alimento, vêm mais baleias para cá; anos que têm menos alimentos, vêm menos baleias para cá, porque elas vêm especificamente para o nascimento dos filhotes”, explicou a diretora do ProFranca.

As primeiras baleias Franca que chegaram nesta temporada foram duas fêmeas adultas grávidas, já catalogadas pelo programa. Poucos dias depois, uma delas foi avistada com filhote. “É mais uma evidência de que elas chegam aqui grávidas e poucos dias depois o filhote nasce”. A principal área reprodutiva da baleia Franca no Brasil é o litoral centro-sul de Santa Catarina, onde existe uma unidade de conservação federal que protege a principal área de ocorrência da espécie.

Estimativa populacional

O principal sobrevoo para foto identificação, realização de censo para estimativas populacionais e acompanhamento do crescimento dos filhotes, está programado para setembro. Karina informou que outra linha de pesquisa, iniciada no ano passado, graças ao patrocínio da Petrobras, visa a coleta de pele para tentar identificar quais são as áreas de alimentação das baleias. 

A diretora do ProFranca explicou que já existem evidências históricas, em função da caça, e recentes, a partir da foto identificação de uma baleia e rastreamento por satélite de outra fêmea, de que as baleias que vêm para o Brasil provavelmente se alimentam no verão nas Ilhas Georgia do Sul. Existem, entretanto, outras áreas que o ProFranca deseja identificar. “É fundamental para a conservação da espécie que a gente tente descobrir quais são as outras áreas que elas ocupam”.

A estimativa é que, pelo menos, 550 baleias Franca fêmeas se reproduzem regularmente no Brasil. Devido ao ciclo reprodutivo trianual, não são as mesmas baleias que vêm para a costa brasileira. Além disso, elas compartilham outras áreas de reprodução. Também vão para a Argentina, onde cerca de 13% das baleias catalogadas no Brasil já estiveram pelo menos uma vez. A coleta de pele desses cetáceos dá aos pesquisadores indicativo de onde elas se alimentaram.

Outra pesquisa é o monitoramento a partir de pontos fixos estrategicamente localizados em terra. Esse trabalho é feito com auxílio de estagiários de oceanografia, biologia e áreas afins que participam de um processo seletivo. Os estudantes estão recebendo treinamento para, a partir de 1º de agosto, serem distribuídos ao longo de 15 pontos fixos para realizar o monitoramento diário do comportamento e distribuição das baleias, complementando sua formação. 

A ideia é proporcionar a estudantes que tenham vivência dentro do ProFranca, que é uma instituição de pesquisa, e também tenham a experiência de pesquisar um mamífero marinho ameaçado de extinção e transmitir conhecimento para a comunidade local.

Karina explicou que as grandes baleias que vêm para o Brasil com maior frequência, especialmente a baleia Franca e a baleia Jubarte, são espécies migratórias entre áreas de alimentação e áreas de reprodução, que têm águas mais quentes. “Durante o verão, elas se alimentam em regiões mais próximas da Antártida, no entorno das ilhas Georgia do Sul e em outras áreas que a gente pretende descobrir”. 

A diretora do ProFranca disse que essa migração não acontece todos os anos, mas de acordo com o ciclo reprodutivo das fêmeas. Há um período do ciclo de vida dessas baleias que os cientistas querem descobrir para ampliar as informações.

Baleias Jubarte

O principal sobrevoo para foto identificação, realização de censo para estimativas populacionais e acompanhamento do crescimento dos filhotes, está programado para setembro. Karina informou que outra linha de pesquisa, iniciada no ano passado, graças ao patrocínio da Petrobras, visa a coleta de pele para tentar identificar quais são as áreas de alimentação das baleias. 

A diretora do ProFranca explicou que já existem evidências históricas, em função da caça, e recentes, a partir da foto identificação de uma baleia e rastreamento por satélite de outra fêmea, de que as baleias que vêm para o Brasil provavelmente se alimentam no verão nas Ilhas Georgia do Sul. Existem, entretanto, outras áreas que o ProFranca deseja identificar. “É fundamental para a conservação da espécie que a gente tente descobrir quais são as outras áreas que elas ocupam”.

A estimativa é que, pelo menos, 550 baleias Franca fêmeas se reproduzem regularmente no Brasil. Devido ao ciclo reprodutivo trianual, não são as mesmas baleias que vêm para a costa brasileira. Além disso, elas compartilham outras áreas de reprodução. Também vão para a Argentina, onde cerca de 13% das baleias catalogadas no Brasil já estiveram pelo menos uma vez. A coleta de pele desses cetáceos dá aos pesquisadores indicativo de onde elas se alimentaram.

Outra pesquisa é o monitoramento a partir de pontos fixos estrategicamente localizados em terra. Esse trabalho é feito com auxílio de estagiários de oceanografia, biologia e áreas afins que participam de um processo seletivo. Os estudantes estão recebendo treinamento para, a partir de 1º de agosto, serem distribuídos ao longo de 15 pontos fixos para realizar o monitoramento diário do comportamento e distribuição das baleias, complementando sua formação. 

A ideia é proporcionar a estudantes que tenham vivência dentro do ProFranca, que é uma instituição de pesquisa, e também tenham a experiência de pesquisar um mamífero marinho ameaçado de extinção e transmitir conhecimento para a comunidade local.

Karina explicou que as grandes baleias que vêm para o Brasil com maior frequência, especialmente a baleia Franca e a baleia Jubarte, são espécies migratórias entre áreas de alimentação e áreas de reprodução, que têm águas mais quentes. “Durante o verão, elas se alimentam em regiões mais próximas da Antártida, no entorno das ilhas Georgia do Sul e em outras áreas que a gente pretende descobrir”. 

A diretora do ProFranca disse que essa migração não acontece todos os anos, mas de acordo com o ciclo reprodutivo das fêmeas. Há um período do ciclo de vida dessas baleias que os cientistas querem descobrir para ampliar as informações.