Alagoas

Comitê Nordeste: Alagoas atingiu o pico da pandemia, mas números não descartam novo aumento

TNH1 | 12/08/20 - 13h13

O Comitê Científico do Consórcio Nordeste de Combate ao Coronavírus divulgou levantamento sobre a taxa de transmissão do vírus por pessoa. O índice mede quantas pessoas um paciente infectado é capaz de contaminar.  

Alagoas aparece com um dos menores índices, mas oscilando de 0,98 a 1,36, com isso, na prática, o estado não ainda garante um índice de contamiação abaixo de 1,0, assim como todos os demais estados do Nordeste, o que não garante uma mudança negativa nesse cenário, de acordo com os analistas. 

Arte: GloboNews

Segundo o Comitê, Alagoas está entre os 6 estados da região classificados pelo Comitê como áreas que atingiram o pico dos casos, mas que pode voltar a crescer (veja quadro abaixo).  Segundo o último boletim da Sesau, Alagoas conta com  1.700 óbitos e se aproxima dos 69 mil casos de covid-19

O relatório conclui ainda que o cenário atual não garante que o chamado "efeito bumerangue", com um novo aumento dos casos, não possa vir a acontecer.

"Não existem evidências científicas baseadas nos dados enviados pelas Secretarias de Saúde dos estados de que, no geral, haja tendência irreversível de decréscimo de infectados pela COVID-19, uma vez que os valores médios do risco epidêmico R(t) por estado ainda estão superiores a 1.0 (um), implicando que cada individuo infectado continua infectando pelo menos outra pessoa. O ideal é que os valores de R(t) sejam menores que 1.0 (um), tendendo a 0 (zero), o que significaria um controle total da pandemia. O risco de descontrole e volta do aumento dos níveis da pandemia não está descartado", diz o relatório. 

Outra conclusão do levantamento é que houve uma diminuição dos números diários de casos e de óbitos nas capitais, porém foi registrado  aumento nos municípios do interior, cujo avanço decorre, em parte, das medidas de flexibilização do isolamento social determinadas pelos governos locais em todos os estados.

O Comitê chama a atenção ainda para o período a partir do dia 20 de julho, onde observou-se um aumento considerável na média semanal de casos confirmados que não corresponde a um aumento na testagem realizada.