Saúde

Covid-19: Maceió registra média de aumento de 20% nos casos e óbitos, aponta relatório da Ufal

Eberth Lins | 04/01/21 - 12h28
Foto: Diego Vara / Agência Brasil

A passagem do ano, infelizmente, não deixou para trás a pandemia do novo coronavírus, um dos mais graves problemas enfrentados pela população em 2020 e que, segundo a comunidade científica, seguirá causando danos até alcançar certo percentual de imunização em todo o mundo.

Em território alagoano, passados alguns meses de estabilização, os números voltaram a crescer e a reforçar a necessidade do não afrouxamento de cuidados, a exemplo do uso de máscaras e distanciamento social.

Nesta segunda-feira (04), o Observatório Alagoano de Políticas de Enfrentamento à Covid-19 informou que houve incremento de 19% no número de novos casos de coronavírus e de 22% no número de óbitos causados pela doença em Maceió. Já no estado como um todo, os indicadores apontam para uma estabilidade ao longo da 53ª semana epidemiológica (SE), em relação ao observado na semana anterior.

"Os números de casos e óbitos da 53ª semana epidemiológica não sofreram grandes alterações quando comparados com os do período anterior, em se tratando do estado como um todo. A exceção foi Maceió, que apresentou aumento de casos e óbitos, próximo de 20% para os dois indicadores", detalhou o coordenador do Observatório, Gabriel Bádue, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Confira o número de novos casos e óbitos e razão* entre a incidência de casos e óbitos notificados entre as semanas epidemiológicas indicadas, em Alagoas, Maceió, Arapiraca e as Regiões Sanitárias Alagoanas.

Cautela

Para o Observatório, os números podem ser ainda maiores, considerando os retardos no processo de coleta e testagem, resultado dos feriados de Natal e Réveillon. O núcleo sugeriu cautela da população na interpretação desses resultados. "O alto número de casos suspeitos (8.415 em 03/01) e a proporção de resultados positivos entre os exames RT-PCR analisados pelo Lacen apontam para uma possibilidade de esses números serem maiores, já que a testagem pode ter sofrido interferência das festas do final de ano", pontuou Bádue.