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Criança é estuprada ao visitar pai em ala para presos por crimes sexuais no Ceará

TNH1 | 17/10/18 - 09h35
Crime ocorreu dentro do complexo prisional no Ceará | Reprodução / DN

Uma menina de 11 anos visitava o pai, na companhia da mãe, em uma penitenciária no Ceará quando foi estuprada por um dos detentos no último sábado, 13. O crime aconteceu em uma ala da unidade destinada a presos por crimes sexuais.

De acordo com o Conselho Penitenciário do Estado do Ceará (Copen), a criança estava no local para entregar produtos pessoais para o pai. No entanto, durante a visita, ela sumiu.

De acordo com a apuração inicial, quando a mãe notou o sumiço da filha, a segurança foi acionada e agentes penitenciários realizaram buscas pela menina. Ela foi encontrada com o suspeito, que já responde por estupro de vulnerável, e foi capturado em flagrante.

A criança foi socorrida e encaminhada a uma unidade hospitalar, onde passou por exames médicos e periciais que comprovaram o abuso.

O presidiário foi conduzido a uma área de isolamento para evitar represália de outros detentos.

Segundo informações da TV Verdes Mares, o pai cumpria pena também por crimes sexuais e a visita era feita na área reservada para presos por delitos dessa natureza. O crime aconteceu no Centro de Execução Penal e Integração Social Vasco Damasceno Weyne (Cepis),  na Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL V), no complexo prisional de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza, capital do estado.

Insegurança na penitenciária

O presidente do Copen, Cláudio Justa, argumentou que esse tipo de ação contra familiares de presos não é comum, já que as visitas são consideradas “sagradas”, de acordo com a norma de convivência criada pelos próprios detentos. O crime, para ele, demonstra insegurança na unidade e uma das razões seria a superlotação.

"O que é preocupante é que hoje, em razão da superlotação, estamos presenciando problemas de acesso de agentes dentro de onde os presos ficam. Só conseguem ter o pleno acesso à segurança com o Batalhão de Choque. Mas nos dias de visitas, os próprios presos colaboram. É uma violência que viola as regras deles mesmos. Não é adotado um plano especial de segurança, já que é um horário sagrado pra eles. Fugiu da expectativa total", afirmou.

Fonte: Com informações da TV Verdes Mares