Futebol Nacional

Defesa entra com novo recurso para tentar tirar Ronaldinho da prisão

Folhapress | 12/03/20 - 19h39
Divulgação / Ministério Público do Paraguai

Os advogados de Ronaldinho, 39, e Roberto Assis, 49, protocolaram na manhã desta quinta-feira (12) um recurso para tentar revogar a medida cautelar que mantém os irmãos presos no Paraguai ou ao menos conceder a eles a possibilidade de prisão domiciliar.

Na terça-feira (10), o juiz Gustavo Amarilla não aceitou o primeiro recurso para tirá-los da penitenciária de segurança máxima onde cumprem prisão preventiva desde sexta (6).

O pedido será analisado por um tribunal de apelação, composto por três magistrados de plantão em Assunção, e somente depois da manifestação do Ministério Público.

O órgão acusa os irmãos de entrarem no Paraguai com documentos de identidade e passaportes adulterados. Também é apurado o possível envolvimento deles com outros delitos cometidos no país.

A expectativa é que o tribunal se manifeste sobre o pedido na semana que vem, apesar de o caso tramitar com prioridade no país. Enquanto isso, Ronaldinho e Assis seguirão detidos na Agrupação Especializada da Polícia Nacional.

Sérgio Queiroz, advogado dos irmãos, não acredita que a pandemia de coronavírus, que afeta as atividades do Judiciário no país, atrasará o julgamento do seu recurso. Por ora, apenas as atividades emergenciais estão mantidas.

O governo do Paraguai suspendeu, na terça, eventos públicos e atividades escolares pelos próximos 15 dias. Foi o primeiro país latino-americano a tomar essa medida em razão da covid-19. O país tem cinco casos da doença registrados até agora.

Na terça, Amarilla considerou baixo o valor de US$ 800 mil do imóvel apresentado pela defesa como garantia e atendeu à contra-argumentação do Ministério Público, que vê risco de fuga dos irmãos em caso de prisão domiciliar.

Na ocasião, o magistrado também autorizou que seja feita uma perícia nos telefones celulares dos brasileiros.

Segundo o site Globoesporte.com, o juiz agendou para o dia 17 a perícia nos aparelhos. Esse trabalho é desenvolvido por um perito designado pelo Ministério Público. Também é permitido que a defesa realize a sua análise.

Após a cópia do conteúdo dos aparelhos, os peritos podem responder de forma verbal ao juiz num prazo máximo de 20 dias.

Convidados pela empresária paraguaia Dalia López para uma série de eventos no Paraguai, os brasileiros desembarcaram no país no dia 4.

Lopez, que já era investigada em um caso de lavagem de dinheiro no país, é suspeita de intermediar a confecção dos passaportes falsos para Ronaldinho e Assis junto a setores do governo paraguaio.

A empresária é considera foragida. O advogado dela, advogado Marcos Estigarribia, disse à reportagem que Dalia está com problemas de saúde e deverá se apresentar até a próxima quarta (18).