Polícia

Deic vai entrar no 'Caso Danilo' após denúncias da família

TNH1 | 17/10/19 - 09h24
Padrasto e mãe afirmam que foram intimidados para confessar participação no crime | Reprodução / TV Pajuçara

As denúncias de José Roberto e Darcinéia Almeida, padrasto e mãe do menino Danilo, de 7 anos, de que teriam sofrido agressão e intimidação de policiais para confessar partcipação no assassinato da criança, levaram a Polícia Civil a reforçar a equipe de investigação.

O caso seguia sendo apurado pela Delegacia de Homicídios (DH) e agora vai ter o auxílio da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic). Nesta quinta-feira (17), os delegados Eduardo Mero, coordenador da DH, e Fábio Costa, diretor da Deic, darão entrevista para detalhar fatos relacionados à morte, ocorrida na última sexta, dia 11.

O menino Danilo foi morto a facadas e encontrado na madrugada de sábado, em um beco no bairro Clima Bom, parte alta de Maceió, sem marcas de sangue, o que segundo a polícia indica que ele foi assassinado em outro lugar e que o autor ou autores deram banho na criança. O irmão gêmeo teria presenciado quando uma mulher de cabelo verde teria raptado o menino, na tarde de sexta, quando a vítima ia de casa até a oficina do padrasto para entregar um talher.

Nota de apoio

O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado de Alagoas (Sindepol) emitiu nota em apoio ao trabalho do delegado Bruno Emílio, da DH, e da equipe de policiais civis que estão no caso.

A entidade declarou que causou estranheza ao delegado as declarações da mãe e do padrasto da vítima "no sentido de terem sido submetidos à tortura psicológica por parte dos profissionais envolvidos no esclarecimento do caso" e que as alegações foram "completamente dissociadas das práticas adotadas pela autoridade e seus agentes nesta e noutras apurações a seu cargo".

O Sindepol também declarou repúdio à fala do defensor público Marcelo Arantes, de que pediria o afastamento do delegado e da equipe de investigadores "sob a pecha de 'torturadores', quando (...) sequer solicitou e/ou procurou ter acesso aos autos do inquérito policial para se inteirar das medidas adotadas".

e, a partir de então, promover o direito constitucional à assistências jurídica e zelar pela completa elucidação da morte investigada. Agindo assim, o nobre defensor público adotou a prática de proceder à defesa utilizando-se de informações inverídicas e, desta forma, desabonadoras da conduta de profissionais sérios e respeitados tanto na instituição Polícia Civil quanto nos demais órgãos de persecução criminal.

A nota finalizando afirmando que o delegado está tranquilo quanto às acusações. "A autoridade policial ora representada está serenamente tranquila quanto ao acompanhamento por estes órgãos no tocante às ações já adotadas no caso. Fortes nos argumentos expostos, os delegados de polícia representados nesta nota empenham irrestrito apoio à conduta profissional do delegado Bruno Emílio e da equipe policial que o acompanha".