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Deputada denuncia Wesley Safadão por erotização infantil após vídeo com a filha

Revista Quem | 27/07/22 - 16h14
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Wesley Safadão virou alvo de representação no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) por suposta erotização infantil em um vídeo publicado pelo cantor com a participação de sua filha Ysis, de 8 anos. A gravação foi feita para divulgar Macetando, música que faz referência ao ato sexual, e postada na rede social do artista no dia 17 de julho. Um dos trechos da canção diz: "Ai, vida, ai, vida, ai vida, bota de red de melancia, pra novinha, com gin que tu vai [sic] ver p*tar*a. Chama as 'amiguinha' [sic], o baile vai ferver! Só quem é gostosa levanta a mão". O refrão explicita ainda mais o teor sexual: "Vai sentando, novinha, sentando".

A publicação repercutiu negativamente, gerando muitas críticas no próprio perfil do artista. "É sério isso?", "macetando, significado: fazer sexo. Que cultura viu, apelou!", "olha a letra dessa música!", "absurdo" e "Não à erotização infantil" foram alguns dos comentários deixados pelos internautas no post de Safadão.

Ao tomar conhecimento da viralização do vídeo, a deputada federal Eliza Virgínia (PP) denunciou o cantor a Maurício José Silva Cunha, Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. "Ficamos horrorizados. Minha bandeira é lutar contra a exploração sexual e o abuso infantil. E, no vídeo, o Wesley Safadão canta e dança com a filha de oito anos uma letra de música que fala sobre sexo explícito. Ele faz apologia à pedofilia. As crianças assistem ao vídeo e querem dançar também. Às vezes os pais nem prestam atenção às letras das músicas. Hoje em dia, tem criança que não sabe ler nem escrever, mas já sabe falar sobre sexo. Isso não pode ficar assim. As crianças estão sendo erotizadas", afirma.

Eliza Virgínia alega que o material contém "evidente erotização infantil", que fere o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), quando, no art. 3º, "estabelece que a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral". "Cabe aos pais monitorarem o que os filhos escutam e consomem. Os filmes, por exemplo, têm classificação indicativa. Tem que se respeitar o momento de vida da criança. Tudo tem seu tempo. Cada vez aumenta mais o número de crianças e adolescentes com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e gravidez", lamenta.

Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) não comentou sobre a denúncia. "A Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH) não divulga os nomes dos envolvidos para preservar a integridade e confiabilidade do mecanismo de denúncia. A ONDH tem por obrigação receber, examinar, encaminhar e acompanhar as providências relativas a denúncias e reclamações sobre violações de direitos humanos e da família, sempre assegurando o anonimato." Procurados por Quem, nem o cantor nem sua assessoria de imprensa se manifestaram sobre o assunto.