O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, informou na tarde dessa terça-feira (31) que o governo vai manter o subsídio de R$ 0,46 no preço do diesel até o fim do ano, mas explicou que o preço final pode sofrer variações conforme o mercado internacional.
"O compromisso que o governo tinha com os caminhoneiros era manter o desconto de R$ 0,46 ate 31 de dezembro de 2018", disse o ministro, após participar de cerimônia com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto, sobre os 20 anos do Código Nacional de Trânsito. "O subsídio que o governo garantiu vai ser mantido", reforçou.
Conforme já havia mostrado o Valor, o governo vai publicar entre hoje e e quarta (1º de agosto) o decreto que estabelecerá o novo preço do diesel a ser praticado no país e que deve ser mantido no mesmo nível dos últimos dois meses pelos próximos 30 dias.
Padilha explicou que vencido esse primeiro período do acordo haverá uma revisão do preço do diesel que levará em conta as oscilações internacionais. "Terá que ver quanto variou o preço do petróleo e do óleo diesel, as variações podem ser positivas ou negativas, isso significa que o preço pode até cair", afirmou. "Não estou dizendo que cairá", completou.
Desconto com atraso
Ao ser questionado sobre o fato de que boa parte dos subsídios concedidos às empresas ainda não chegou nos postos, Padilha reconheceu que o desconto não chegou em todas as bombas, mas afirmou que o processo de fiscalização está funcionando.
O ministro afirmou ainda que o diálogo com os setores envolvidos está em andamento e que o governo não teme risco de paralisação. "Estamos fazendo tudo o que nos comprometemos para que não tenhamos nenhuma (greve)".
Padilha citou também a comissão permanente na Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) e afirmou que eles ainda trabalham na construção da tabela de frete mínimo. Segundo ele, o grande nó que está sendo solucionado pela ANTT "é ter os termos, os preços, da nova tabela, isso está sendo construído de forma colegiada entre as várias partes".
O programa de subvenção do diesel foi criado em maio, após a greve dos caminhoneiros e, hoje, termina o primeiro período de 60 dias de congelamento de preços.
