A Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Maceió (BTU) informou, na tarde desta sexta-feira, 1º, que vai precisar interromper temporariamente as operações de trens e VLTs (Veículo Leve sobre Trilhos) devido aos recentes protestos na região de Bebedouro, em Maceió. A paralisação vai ocorrer, inicialmente, até a tarde deste sábado, 2.
"Devido às frequentes manifestações da população contra a mineradora Braskem, durante a tarde desta sexta-feira, dia primeiro, muitas delas ocorridas em cima dos trilhos, na via permanente, a CBTU - Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Maceió precisará interromper a operação dos trens e VLTs a partir das 16 horas desta sexta-feira e durante o sábado. A paralisação temporária se faz necessária para reparar os danos da via, bem como avaliar a segurança dos funcionários e usuários do sistema ferroviário", diz a nota.
Moradores dos Flexais, em Maceió, realizaram um protesto, na tarde de hoje, na Ladeira de Chã de Bebedouro. O grupo teme ficar ainda mais isolado pelo iminente colapso da mina 18, no bairro do Mutange, e reivindica uma urgente realocação de moradores da região.
Imagens encaminhadas à reportagem do TNH1 mostram que os manifestantes usaram galhos de árvores, pedaços de madeira e pneus para fechar a via, inclusive, no trecho do trilho que passa o VLT.
O risco de afundamento da mina nº 18 colocou a cidade em estado de emergência pelos próximos 180 dias.
Em nota encaminhada à imprensa nesta sexta-feira, 1º de dezembro, a mineradora Braskem atualizou a situação e informou que há dois cenários para a "acomodação de solo" na mina 18, causada pela extração de sal-gema. Conforme a empresa, o afundamento pode se desenvolver de duas maneiras: um cenário é o de acomodação gradual até a estabilização; o segundo é o de uma possível acomodação abrupta, isto é, um colapso.
