Futebol Nacional

Diniz reage no São Paulo, Luxa balança no Palmeiras e Mancini assume o Corinthians

Futebol Interior | 13/10/20 - 09h46
Corinthians anunciou Vagner Mancini como treinador | Divulgação

O futebol brasileiro continua o mesmo. Um técnico não pode empatar e perder um jogo seguidos que já fica ameaçado pela demissão no clube onde trabalha. Até a semana passada , por exemplo, o maior ameaçado como técnico em São Paulo era Fernando Diniz.

Ao ponto da diretoria exigir que ele vencesse o Atlético GO e ao menos empatasse com o Palmeiras na semana passada para ter a chance de continuar no clube. Caso contrário, sua demissão era certa, segundo Raí, diretor de futebol do São Paulo.

INJUSTO COM LUXEMBURGO

Paralelamente, Vanderley Luxemburgo fazia belas campanhas tanto no Brasileirão como na Copa Libertadores de América. No Brasileiro estava entre os quatro primeiros colocados com campanha sólida e uma invencibilidade de 20 jogos.

Na Libertadores tinha seu time praticamente classificado para a fase dos mata matas do torneio mais importante da América do Sul. Enquanto isso, outro treinador, o Wagner Mancini, que dirigia o Atlético GO sem pressões e sem qualquer ameaça de perder o emprego, virou manchete com o interesse do Corinthians em contratá-lo ainda nessa semana.

DINIZ RESPIROU BEM

No meio da semana passada Diniz cumpriu sua missão ao vencer os dois jogos seguidos que a diretoria queria (Atlético GO e Palmeiras) com cinco gols marcados e nenhum sofrido. Além disso quebrou um tabu de nove jogos que o Tricolor não vencia o Verdão dentro da Allianz Arena.

O Palmeiras, por sua vez, além de perder dentro de casa para o São Paulo, apresentou uma violenta queda de produção que deixou sua fanática torcida em pé de guerra. A pressão foi muito forte e só por um milagre Luxemburgo não perdeu seu cargo ainda neste início de semana.

A alegação de torcedores e alguns diretores era a de que o veterano técnico já não tinha condições para dirigir uma equipe como a do Palmeiras e, por isso mesmo, não merecia continuar à frente do elenco esmeraldino.

SAMBA DO CRIOULO DOIDO

Enquanto isso, no Corinthians, Dyego Coelho que havia assumido o comando técnico do time semanas atrás, fazia péssimo trabalho (uma vitória, 3 derrotas e 3 empates em sete jogos!) e a diretoria também resolveu procurar um treinador mais experiente para substituí-lo.

Vagner Mancini, que estava dirigindo o Atlético-GO há algum tempo com ótimo trabalho,foi o nome escolhido..Justamente ele que já caiu duas vezes para a série B (com Guarani e Botafogo) e nunca fez um super trabalho no comando de um dos grandes clubes do futebol brasileiro.

Ainda assim, o presidente corintiano Andrés Sanchez fez questão de contratá-lo com a alegação de que, para esse momento, esta era a melhor opção que o mercado oferecia.

PASSANDO A LIMPO

Como são os três maiores clubes paulistas que passam por essas situações, vou dar minha opinião sobre o assunto. No caso de Fernando Diniz, ao aceitar a pressão da diretoria e fazer as mudanças exigidas, ele ganhou um tempo a mais para continuar seu trabalho.

Precisou deixar de lado sua tradicional teimosia e aceitou a forte argumentação da diretoria que exigiu mudanças de esquema e na escalação do time.

Diniz concordou, seu time venceu, mas ainda assim, acho que ainda não mostrou que é um técnico confiável para dirigir o São Paulo.

No caso de Vanderlei Luxemburgo, concordo que perder um clássico é desgastante, mas não o necessário para demiti-lo. Seu saldo positivo no Palmeiras ainda é bom e ele merece ficar. Quanto a Mancini, concordo com Andrés Sanchez.

TREINADOR CERTO

Nesse momento, ele é o treinador certo para o lugar certo. Tem experiência, já salvou times que estavam caindo para a segundona e sabe se comunicar com os jogadores. No caso, deve ficar até o final do ano e deixar o clube assim que o novo presidente for eleito, exceto se o vencedor for Duílio Monteiro Alves, que é da Situação.

Se ganhar alguém da Oposição como se prevê, um outro nome será escolhido para essa função. Mas até lá, Mancini tem condições de tirar o clube da posição incômoda em que está. Justamente o que a Fiel mais espera.