Alagoas

Economia aquecida: 13º salário deve injetar mais de R$ 1 bilhão em Alagoas

Fecomércio-AL | 17/11/21 - 14h41
Itawi Albuquerque / TNH1

O final de ano é sempre aguardado com expectativa pelo comércio de Bens, Serviços e Turismo. Independentemente do segmento, é um período aquecido por vendas impulsionadas pelo pagamento do 13º salário que, este ano, deve fazer circular aproximadamente R$ 1,08 bilhão em Alagoas, segundo projeção do Instituto Fecomércio AL. A estimativa tem como base o volume de servidores estaduais ativos e inativos, servidores federais, e a média dos rendimentos dos trabalhadores formais.

E esse volume circulando pode ser ainda maior, uma vez que a projeção do Instituto não insere o montante que será pago aos servidores dos municípios alagoanos. Para de ter uma ideia, só em Maceió são 18 mil servidores ativos, inativos e pensionistas da Prefeitura, os quais devem receber cerca de R$ 116 milhões relativos ao 13º salário. Além disso, ainda existem os rendimentos gerados pelos trabalhadores informais em todo o Estado.

“Essa injeção de liquidez, sem dúvida, irá potencializar o poder de compra dos trabalhadores alagoanos para gastos com lazer, festas e confraternizações, pagamento de dívidas e poupança para as compras de início de ano, como matrículas e materiais escolares”, avalia Victor Hortencio, assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas. Além disso, a tradição de romper o ano com roupa nova ou a precaução de separar dinheiro para os impostos ou reforma de imóveis são outros gastos esperados para o salário adicional.

Para Gilton Lima, presidente da Fecomércio, “é um cenário que traz uma expectativa otimista para os comerciantes de todos os segmentos econômicos do Estado, como alimentação, hotelaria, eventos, vestuário, lazer e outros”.

Somatório - De acordo com as informações do Portal da Transparência de Alagoas e da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz AL), o 13º salário deve injetar cerca de R$ 350 milhões no Estado entre os 34 mil servidores inativos, sejam aposentados ou pensionistas, e os 39 mil servidores ativos. Já na esfera federal, são 14 mil servidores alocados no estado de Alagoas, entre ativos (8.083), inativos (4.454) e pensionistas (2.015), segundo o Painel Estatístico de Pessoal, o que deve movimentar mais R$ 128 milhões na economia do Estado.

Na iniciativa privada, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), são 373.753 trabalhadores formais celetistas. “Porém, diferentemente dos dados públicos, no qual existem planilhas com a remuneração de cada servidor, nos permitindo, com precisão, estimar a injeção do 13º salário, com os trabalhadores formais celetistas é mais difícil trabalhar com a mesma exatidão devido à falta desse tipo controle”, explica o economista. Por isso, o cálculo é feito com base na renda média habitual do trabalho divulgada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), a qual apontou que, no segundo trimestre de 2021, a renda média ficou em R$ 1.615,00. Assim, é possível estimar que, em média, o 13º salário injete, ao menos, R$ 603 milhões entre os trabalhadores celetistas.


Foto: Fecomercio-AL