Maceió

Em protesto, moradores de Bebedouro pedem aceleração das medidas da Braskem

Redação TNH1 | 10/07/20 - 10h06
Cortesia ao TNH1

Moradores do bairro do Bebedouro, em Maceió, realizam um protesto desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira, 10, para pedir medidas mais aceleradas da Braskem para os imóveis afetados pela instabilidade do solo, que atinge outros bairros da capital.

Os manifestantes começaram a chegar na Praça Lucena Maranhão, um dos locais mais conhecidos do bairro, por volta de 7h, e seguiram em caminhada até a unidade da Braskem, no Mutange, depois de 8h30, onde levaram faixas e gritaram palavras de ordem. 

Entre as reivindicações, o grupo pediu um prazo mais curto para atendimento e agendamento das visitas técnicas aos imóveis realizadas pela junta técnica da Defesa Civil Municipal e Nacional e da Braskem. Segundo os moradores, há imóvel que deve ser vistoriado apenas em outubro. 

Outro ponto discutido no ato foi a busca por uma resposta das autoridades para a recomendação de ampliação da área de Criticidade 00 (realocação), visto que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) já havia publicado na última atualização do Mapa de Setorização. Os manifestantes disseram que ainda não há previsão para a inclusão de imóveis, antes na área de Criticidade 01, na nova zona do mapa.

Para o protesto, os moradores foram orientados sobre o uso obrigatório de máscaras, álcool em gel e distanciamento, conforme exige o decreto de emergência para o combate da Covid-19.

A Polícia Militar, através do Gerenciamento de Crise, esteve presente para fiscalização.

Resposta da Braskem

A reportagem entrou em contato com a Braskem na manhã de hoje e a empresa se manifestou, por meio de nota, sobre o protesto realizado pelos moradores de Bebedouro. Leia abaixo:

"A Braskem respeita o direito de manifestação pacífica e reitera a sua preocupação em priorizar a segurança das pessoas. Após seis meses do acordo firmado com as autoridades públicas, o Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação já realizou 2.618 mudanças de famílias das áreas de risco. Além disso, 721 propostas de compensação financeira foram aceitas pelos moradores. As negociações continuam acontecendo à distância, por conta da pandemia de covid-19, e seguem o cronograma homologado pela justiça".

Ontem, a empresa divulgou que o Termo de Acordo assinado em janeiro entre Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Defensoria Pública de Alagoas, Defensoria Pública da União e a Braskem para a desocupação de cerca de 4.500 imóveis nos bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto, já mostrou avanços significativos. 

Sobre a inclusão de cerca de 1.918 imóveis na área de realocação, conforme levantamento da Defesa Civil, a Braskem afirmou que a medida vem sendo discutida com as autoridades, visando a adequação das ações nos bairros em comum acordo. Essa possibilidade de ampliação já estava considerada no acordo de janeiro.