O cantor Hugo Playboy, vítima de facadas em um posto de combustíveis no Conjunto Salvador Lyra, parte alta de Maceió, deu entrevista à TV Pajuçara nessa quinta-feira (6), mesmo dia em que o autor do crime, um motorista de transporte por aplicativo, se apresentou à polícia. Ele relatou que segue em recuperação, sem trabalhar, e mostrou as cicatrizes causadas pelas agressões ocorridas no dia 3 de janeiro deste ano.
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"Perdi cinco litros de sangue, fui parar na área vermelha [...] Passei 13 dias. Cada dia que acordo, olho no espelho, e não tinha cicatriz, e fico vendo isso aqui... Me dá revolta. Um cara desse não era para estar solto, era para estar preso. Tentou me matar, sem motivo nenhum, sem eu ter feito nada. Não tenho bronca, não tenho rixa com ninguém", argumentou o cantor.
Diferente da versão dada pelo agressor, Hugo Playboy afirmou que o motorista de app estava agressivo e o atacou primeiro. "Depois que ia embora, cheguei na mesa para pegar na mão dos amigos dele e na mão dele. Ele não me deu a mão e fez um gesto, veio para agressão e me empurrar. Em nenhum momento fui para cima dele, para brigar, ele que veio para cima de mim", explicou.
"A maneira para eu me defender não foi para matar ele, eu não estava com faca, com nada. Depois que terminou a confusão, veio um cara dizendo que ele estava armado. Foi a hora que entrei e fui para o lado de fora", acrescentou a vítima.
Para Hugo Playboy, as câmeras do posto mostram todo o crime e comprovam a ação violenta do agressor a todo momento. "Um detalhe que não tem lógica, dizer que eu ameacei sem eu ter ameaçado. O cara dizer que foi um modo de se defender, como se nem com faca eu estava? Toda a filmagem mostra que ele veio para cima de mim, mostra tudo".
Por fim, o cantor contou que segue sem assumir compromissos de trabalho, pois está em recuperação. "Hoje estou sendo o mais prejudicado, estou sem trabalhar, me recuperando do que aconteceu. Tenho minha filha para criar, minhas obrigações, e eu fico como?".
A delegada Tacyane Ribeiro, coordenadora da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que o motorista de app, liberado após depoimento, deve responder por tentativa de homicídio. O caso segue sendo investigado pela polícia.
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