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EUA registram menor oferta de emprego e Obama pede medidas para ajudar economia

06/05/16 - 17h46
Agência Lusa

Dados divulgados hoje (6) pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos indicam que a economia norte-americana está dando sinais de desaceleração. Segundo o órgão, apenas 160 mil novos empregos foram criados em abril, 40 mil a menos do que o esperado. A taxa de desemprego nos EUA permaneceu estável em 5%.

Com os novos dados econômicos, é possível que o Federal Reserve (banco central norte-americano) adie o aumento das taxas de juros bancárias do país previsto para o próximo mês.

Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ao Congresso que adote medidas para ajudar a economia norte-americana. Entre as medidas, citou o aumento do salário mínimo federal, aprovação de novos acordos comerciais e simplificação das normas fiscais visando a aumentar a arrecadação tributária.

De acordo com o comunicado, Obama pediu ao Congresso que aprove novas normas para investigar e prevenir crimes financeiros. Conforme o documento, as normas irão facilitar a identificação dos verdadeiros donos de empresas. "[As normas] vão fazer a diferença", disse Obama no comunicado.

Preocupações

A previsão inicial era que, em abril, haveria um acréscimo de 202 mil empregos. A criação de novos empregos no mês passado foi, portanto, a mais baixa dos últimos sete meses, já que o número de ocupações estava crescendo a uma média de 232 mil empregos ao mês.

Os números mostram que os dados de emprego se somam a outras preocupações. Na semana passada, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos informou que, no primeiro trimestre de 2016, a economia norte-americana cresceu no ritmo mais lento em dois anos.

Bolsas

Depois do anúncio sobre os dados de criação de novas vagas no mercado norte-americano, as bolsas começaram a mostrar tendência de baixa. Às 12h35, o índice Dow Jones caiu 27,32 pontos, ou 0,15 por cento, enquanto a Nasdaq registrava declínio de 27,03 pontos, ou 0,57 por cento.

Os preços do petróleo subiram menos de 1%, com os investidores optando por realizar lucros.