Alagoas

Exame de pólvora em suspeito de matar militar em Maceió será feito em Brasília

12/04/16 - 12h49
Reprodução / Arquivo Pessoal

O diretor do Instituto de Criminalística de Alagoas, José Cavalcante de Amorim Medeiros, confirmou na manhã de hoje (12), que o exame residuográfico feito no suspeito de matar o capitão da Policia Militar Rodrigo Moreira Rodrigues, 32 anos, será concluído fora do Estado.

O material recolhido foi entregue, pelo próprio diretor do IC, ontem pela manhã, na sede da Policia Federal em Alagoas, que enviará as amostras para o Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, onde está instalado o Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) da Polícia Federal.

Cavalcante explicou que, após o crime, uma equipe do IC esteve na delegacia responsável pelo flagrante e coletou amostras de possíveis resíduos nas regiões das mãos do suposto atirador identificado como Agnaldo Lopes de Vasconcelos, 49 anos.

Durante o exame, o perito utilizou coletores chamados "stub", pequenos adesivos protegidos em frascos plásticos, sendo um para cada mão e, em seguida, essas amostras foram lacradas para posteriormente serem analisadas pelo Microscópio Eletrônico de Varredura, que identifica as substâncias presentes nos stubs, além de ampliar a imagem em até 300 mil vezes para visualizá-las.

“Como Alagoas não possui esse equipamento, entrei em contato com a equipe de peritos da PF, com quem nutrimos uma parceria, e eles prontamente se disponibilizaram a nos ajudar enviando o material para o Instituto Nacional de Criminalística, onde se encontram os laboratórios utilizados para exames da Polícia Federal" disse o perito criminal.

Cavalcante disse que esse tipo de exame é muito utilizado para identificar vestígios de pólvora quando uma arma de fogo é utilizada em crimes. A identificação desse material é possível, porque, após efetuar o disparo, a arma expele tanto pela parte dianteira como traseira do cano uma expansão gasosa da combustão do explosivo presente nas munições que se aderem à superfície da pele.

Ele ainda esclareceu que existe um tempo máximo para a realização do exame residuográfico. Segundo prevê o procedimento operacional padrão da perícia criminal adotado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, a coleta dos resíduos em pessoas vivas devem ser realizadas no máximo em até seis horas após o disparo, ou até 12 horas, quando o suspeito permaneceu sob vigilância permanente.

Como a coleta no suspeito da morte do capitão foi realizada dentro do prazo e respeitando todas as técnicas, o resultado deverá sair rápido. A expectativa do diretor do IC é que em 15 dias o laudo fique pronto.